CENTENÁRIO DE LEÔNIDAS DA
SILVA
Diamante Negro foi o maior
jogador brasileiro da primeira metade do Século 20

Leônidas, que ficou
conhecido como Homem-Borracha e Diamante Negro, iniciou sua carreira no São
Cristóvão em 1923, encerrando-a no São Paulo, em 1950. Durante esse período,
passou por Botafogo, Vasco e Flamengo, entre outros times, além do Peñarol, do
Uruguai. Defendeu também as seleções Carioca e Brasileira.
Depois que deixou os
gramados, foi treinador do São Paulo entre 1950 e 1955. Como jogador, na
primeira metade do Século 20, só teve rivais à altura no Brasil em Heleno de
Freitas e Arthur Friendereich.
No fim dos anos 50 tornou-se
comentarista esportivo da Rádio Panamericana, hoje Jovem Pan, onde atuou até
1974, tendo se afastado devido a problemas de saúde (Mal de Alzheimer), doença
que lhe tiraria a vida em 2004.

Depois de conquistar muitos
títulos cariocas e internacionais pelo Vasco da Gama, Botafogo, Flamengo e
Seleção Carioca, transferiu-se em 1942, já veterano e com a carreira
supostamente em baixa, para o São Paulo FC, que na época pagou 200 contos de
reis, uma fortuna. A maior transação do futebol brasileiro até então.
Quando chegou à São Paulo,
vindo do Rio de trem, Leônidas surpreendeu-se com a recepção da torcida
paulista que praticamente o levou nos braços pelas ruas da cidade até a então
sede do São Paulo, no centro.
Os cariocas e os rivais
paulistas ironizaram dizendo que o São Paulo havioa comprado "um
bonde".
Numa época em que a palavra
marketing sequer existia, a fábrica de chocolates Lacta pagou-lhe um bom
dinheiro para batizar um chocolate com o nome Diamante Negro, em sua homenagem.
Nenhuma fábrica de
bicicletas, na época, teve a feliz idéia de lançar um produto com seu nome.
Teria sido um sucesso, sem dúvidas.
O gol de bicicleta, criado
por Leônidas, foi executado pela primeira vez em abril de 1932, pelo
Bonsucesso. Pelo Flamengo foi um gol em 1939, contra o Independente-ARG.
Pelo São Paulo fez dois: em
junho de 1942, quando o São Paulo perdeu para o Palestra por 1x2 e o mais
famoso de todos, em 1948, no Pacaembu, na vitória sobre o Juventus por 8x0.
Uma curiosidade: na Copa do
Mundo de 1938, Leônidas marcou um gol de bicicleta, mas o árbitro anulou o gol,
que desconhecia tal jogada.

Leônidas da Silva faleceu em
24 de janeiro de 2004 devido ao Mal de Alzheimer, sem qualquer lembrança de ter
sido um dos maiores jogadores do Brasil e do Mundo. O mais importante no Brasil
antes de Garrincha e Pelé.
Vale destacar, para
finalizar, que a permanência de Leônidas na casa de saúde, até seu falecimento,
foi custeada pelo São Paulo FC.
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