1958
Para a Copa do Mundo disputada na Suécia, o Brasil viajou
mais “blindado”, com um esquema profissional e um grupo “fechado”, contando com
craques dentro e fora das quatro linhas.
Foi neste Mundial que o Mundo pode conhecer o talento de
muitos craques, entre eles Garrincha e um jovem de 17 anos, que mais tarde
seria conhecido como o “Rei Pelé”.
Comandado pelo técnico Vicente Feola, o Brasil foi sexta edição de Mundial, com o seguinte
grupo:
Laterais – Djlama Santos (Portuguesa-SP), De Sordi (São
Paulo), Nilton Santos (Botafogo-RJ) e Oreco (Corinthians)
Zagueiros – Bellini (Vasco da Gama), Zózimo (Bangu),
Orlando (Vasco da Gama) e Mauro Ramos (São Paulo)
Meio-campistas – Dino Sani (São Paulo), Didi (Botafogo
–RJ), Zagallo (Flamengo), Pelé (Santos), Garrincha (Botafogo-RJ), Moacir
(Flamengo), Joel (Flamengo), Zito (Santos) , Pepe (Santos) e Dida (Flamengo)
Atacantes – Vavá (Vasco da Gama) e Mazzola (Palmeiras)
O esquema tático de Vicente Feola para aquela Copa
supreendeu seus adversários, uma vez que os meias atacavam e os atacantes
também retornavam para a marcação, fazendo com que no jogo tivessem aos mesmo
tempo vários meio-campistas e vários atacantes, infernizando o rival.
O Brasil estreou no Mundial da Suécia, no dia 8 de junho,
em Uddevalla, contra a Áustria e venceu com autoridade, pelo placar de 3x0, com
gols de Mazzola (dois) e Nilton Santos, tirando assim, a tensão da estreia.
Três dias depois, os brasileiros enfrentaram em
Gotemburgo, um duro adversário, a Inglaterra. Em um jogo nervoso, as duas
seleções não saíram do zero.

Novamente em Gotebumgurgo, veio a fase de “mata-mata”. O
adversário seria o País de Gales. Assim como contra a Inglaterra, o Brasil
encontrou um duro adversário e para se garantir nas semifinais, a seleção
Canarinho contou com a estrela de Pelé, autor do único gol daquela partida,
disputada no dia 19 de junho.
Agora na semifinal, o Brasil passaria pelo seu então
maior teste, a forte seleção francesa, no Estádio Rasunda, em Estocolmo. Para
muitos especialistas, esta partida foi a final antecipada daquele Mundial. De
um lado, os brasileiros contando com o poder decisvo de Vavá, Pelé e cia e do
outro, a França, com o artilheiro Just Fontaine e o talento de Piantoni.
Com gols de vavá, Didi e um verdadeiro show de Pelé, que
marcou em três oportunidades, o Brasil não só venceu e convenceu, ao golear por
5x2, como se credenciou para a grande final. O sonho do título inédito estava
vivo!
Novamente no Estádio Rasunda, o Brasil jogaria a decisão
diante de Suécia, no dia 29 de junho. Após aquela partida, o Mundo conheceria um
campeão inédito.

Porém o chefe da delegação brasileira, Paulo Machado de
Carvalho, incentiVou seus comandos, dizendo que eles jogaria de azul, o “manto
de Nossa Senhora”, procurando tirar qualquer suspeita do “fantasma de 1950”, daquele
vestiário.
Durante o jogo, um susto. A Suécia saia na frente, mas o
Brasil reagiu, exorcizando qualquer “complexo de vira-lata” e com gols de Vavá
(dois), Pelé (dois) e Zagallo), o Brasil goleou os donos da casa por 5x2,
conquistando pela primeira vez, a Taça Jules Rimet.
A exibição foi tão boa, que ao final da partida, os
torcedores suecos aplaudiram a vitória adversária. O Brasil finalmente
conquistava a tão sonhada Copa do Mundo, se juntando a um seleto grupo, que
contava até então com os bicampeões Uruguai e Itália e a campeã Alemanha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário