Por
Daniel Nápoli
Devido a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a FIFA ficou sem realizar as Copas do Mundo
de 1942 e 1946, por questões óbvias, retornando a realizá-la no ano de 1950,
com a sede sendo no Brasil.
Com uma seleção recheada de grandes jogadores, torcedores
e também boa parte da imprensa, acreditam que a conquista de um inédito Mundial
seria uma questão de tempo.
O treinador Flávio Costa, convocou para aquela Copa da
Mundo, os seguintes jogadores:
Goleiros – Barbosa (Vasco da Gama) e Castilho
(Fluminense)
Zagueiros – Augusto (Vasco da Gama), Ely (Vasco da Gama),
Juvenal (Flamengo), Nena (Internacional-RS) e Nilton Santos (Botafogo-RJ)
Meio-campistas – Bauer (São Paulo), Bigode (Flamengo),
Danilo (Vasco da Gama), Noronha (São Paulo) e Rui (São Paulo)
Atacantes – Adãozinho (Internacional-RS), Ademir de
Menezes (Vasco da Gama), Alfredo (Vasco da Gama), Baltazar (Corinthians), Chico
(Vasco da Gama), Friaça (São Paulo), Jair Rosa Pinto (Palmeiras), Maneca (Vasco
da Gama), Rodrigues (Fluminense) e Zizinho (Bangu)
O Brasil abriu a Copa do Mundo daquele ano, no Marcanã,
no dia 24 de junho, contra o México. Os brasileiros não tomaram conhecimento
dos mexicanos ao golearem por 4x0, com gols de Ademir (dois), Jair e Baltazar. Ainda
pela primeira fase, o Brasil jogou no dia 28 de junho, contra a Suiça, no
Pacaembu, empatando por 2x2 em um jogo nervoso.
Encerrando aquela fase, o Brasil retornou ao Maracanã, no dia 1 de julho, vencendo a Iugoslávia por
2x0, com gols de Ademir e Zizinho, garantindo assim a classificação para o
quadrangular final, onde enfrentaria a Suécia, a Espanha e o Uruguai.
Ao abrir o quadrangular final, o Brasil goleou a Suécia
por 7x1 no “Maraca”, no dia 9 de julho, com gols de Ademir (duas vezes), Chico
(duas vezes) e Maneca.
Quatro dias depois, as vítimas foram os espanhóis, quando
foram “atropelados” por 6x1, gols de Ademir (dois), Jair, Chico (dois) e Zizinho. Agora, só
faltava encarar o Uruguai e fazer a festa!
Veio o dia 16 de julho e o Maracanã, com aproximadamente
200 mil pessoas, aguardava a confirmação do título inédito para os brasileiros.
Jogando em casa, com o apoio da torcida, bastava um empate diante dos
uruguaios, para garantir a Taça Jules Rimet.
Em uma partida dura, o Brasil saiu na frente com um gol
de Friaça, porém o selecionado não contava com o talento e a raça uruguaia,
sofrendo a virada. Acontecia o
“Maracanazzo”.
Apesar de ter sido o artilheiro da Copa com nove gols,
Ademir nada pode fazer para impedir o bicampeonato uruguaio e o silêncio de um
país inteiro.
Curiosamente, após aquele dia, o Uruguai não conquistaria
outro Mundial, amargando até o momento um jejum de 68 anos, enquanto que para o
Brasil, o futuro estava reservando uma “sorte” melhor...
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