Mais um jogador deixou o Ituano nesta semana. O personagem da vez foi Ramon, meio-campista que, em tese, deveria armar jogadas e, de vez em quando, aparecer na área para finalizar.
Em campo, porém, o saldo foi tímido: um gol e uma assistência em toda a temporada. Vale lembrar: estamos falando de Série A2 do Paulista e Série C do Brasileiro, competições longe de figurar entre as de maior nível técnico do país. Ou seja, não dá para colocar a culpa em adversários de “nível europeu”.
Talvez no Varzeano da cidade a história fosse outra. Mas Ramon está longe de ser exceção. Nos últimos anos, o Ituano se especializou em contratações que impressionam… mas não no bom sentido. Jogadores que chegam, passam, e pouco entregam.
Como sempre, é bom reforçar: não se trata de atacar o profissional. O atleta vai onde o chamam. O erro está em quem contrata. Depois de mais uma temporada de baixo rendimento, a barca das dispensas voltou a zarpar. Permanecem nomes como Victor Reis, Dal Pian, Mancini, Muranga, Canesim, Neto Berola e o indescritível Osman, entre outros. Saulo e Bruno Alves ficam por enquanto, porque estão no DM. Recuperados, é bem provável que também peguem carona na próxima leva de cortes.
Esse roteiro não é novidade. Desde 2022, o filme se repete: elenco inteiro sai, elenco inteiro entra. O problema é que, a cada ano, o nível parece despencar um pouco mais, reflexo visível nos rebaixamentos recentes. Agora, com o clube já transformado em SAF, resta a dúvida sobre o que será montado para 2026. A pressa é inimiga da perfeição, e os campeonatos estaduais começam já em janeiro.
A SAF, vendida como solução de todos os males, mal nasceu e já precisou de empréstimo para pagar jogadores. A promessa era de futuro promissor, mas o presente traz mais perguntas que respostas. Foi o melhor caminho? Talvez. Mas a pergunta que ecoa no ar é outra: o melhor caminho para quem?
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