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COLUNA DO SASSO

Para a Copa do Mundo da Espanha, em 1982, a Gillette do Brasil criou um personagem chamado “Pacheco”, típico torcedor fanático. Pacheco fez muito sucesso, até porque aquela seleção “jogava bonito”. Mas derrotada pelo ótimo time da Itália, a seleção foi eliminada da Copa do Mundo e o personagem também acabou perdendo o brilho.

Mas gerou a denominação de um estilo de comportamento, o “pachequismo” , cujo conceito costuma ser associado a um nacionalismo cego, ufanista, exacerbado, beirando a xenofobia e que também se manifesta para muito além do futebol.

Esse comportamento padrão se verifica com clareza em torcedores, nos quais chega até a ser aceitável. Porém, quando se observa na crítica ou nos profissionais que de alguma forma trabalham na área esportiva, é verdadeiramente deprimente.

Esses parecem recusar-se a uma análise minimamente isenta, que permita refletir sobre o que se fala ou se escreve a respeito do objeto de seu “pachequismo”. Tornam-se na verdade, “patrulheiros” daqueles que possam discordar de “suas verdades”. Vez ou outra observo isso ocorrer em relação ao Ituano e seus dirigentes, que para alguns, não podem ser criticados. E agora, que o time reagiu e faz campanha bem melhor no returno do Brasileiro, se acham no direito de cobrar aqueles que antes criticavam.

Ora, o time melhorou porque finalmente esses dirigentes se mexeram e reforçaram o elenco. Uma defesa que sofreu 44 gols, sendo 36 apenas no primeiro turno, precisava de reforços, não é mesmo? E depois de muitas críticas, o Ituano contratou uma defesa inteira ao trazer Marcinho, Gui Mendes, Luís Gustavo e Lazzaroni. Também trouxe um atacante, Álvaro, que marcou logo na estreia. E contou com o retorno do ótimo Thonny Anderson, que machucado, fazia muita falta.

De quebra Bruno Xavier e Zé Aldo voltaram a jogar o futebol de que são capazes e o time deu resposta em campo. O astral melhorou e outros jogadores vão subindo de produção. Mas vamos lá meus amigos “Pachecos”, se tais providências tivessem sido tomadas há mais tempo, não estaríamos passando por esse sofrimento. Antes tarde do que nunca e o Galo está na luta para fugir de rebaixamento com chances reais de escapar.

Esperar que mudem esse comportamento aparentemente é impossível, afinal alguns confundem “babar ovo” com profissionalismo. Então o que nos resta é lamentar por eles e seguir em frente. Afinal torcer pelo Galo todos torcemos e nunca será prerrogativa de apenas alguns que se julgam com direito à exclusividade e se tornam vítimas de sua cegueira


Moura Nápoli

Moura Nápoli

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