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COLUNA DO SASSO

E o nosso Galo segue respirando no Brasileiro. Depois da boa vitória diante do Botafogo em Ribeirão Preto, receberá o Santos no Novelli Júnior, em mais uma “parada indigesta”. O time peixeiro está muito próximo de garantir o acesso à Série A com antecipação. Não foi uma campanha brilhante, mas suficiente para retornar à divisão principal do futebol brasileiro.

Já o Ituano após dispensar Alberto Valentim, parece ganhar fôlego novo para lutar contra o rebaixamento que parecia iminente. Com isso a discussão do momento se torna ainda mais complicada. Rebaixamentos seguidos desvalorizam o clube?

Algumas pessoas me perguntaram o que acho dessa história de SAF no Ituano. Confesso não ter opinião formada e acho apressado qualquer um afirmar ser contra ou a favor. Afinal, ninguém sabe nada a respeito. Essa conversa de sigilo de negociação é no mínimo um pouco estranha. O ex-jogador Zé Roberto e seus parceiros teriam “comprado” o São Bento de Sorocaba, implantando uma SAF, pelo valor de 130 milhões de reais. Pelo menos essa é a informação que circulou na imprensa.

Segundo rumores, Juninho e Paulo Silvestri estariam pagando bem menos ao Ituano e claro, não será à vista. Coisa que não entendo é que com contrato de gestão bastante longo e em vigor, por que seria interessante para ambos essa aquisição? Seria para fazer como Ronaldo que adquiriu o Cruzeiro para vender em algum tempo com lucro considerável? Qual a diferença de investir no modelo atual formando times fortes e competitivos ou depois, já como SAF? Depois da compra vai sobrar dinheiro para isso?

Essas e muitas outras perguntas ficarão no ar enquanto permanecer essa situação um tanto nebulosa de sigilo na negociação. Enfim, são questões que ficam no ar. Aliás, diga-se, no Ituano muita coisa “fica no ar”.

Pouco ou quase nada se sabe sobre simples contusões de jogadores, treinamentos ou coisas corriqueiras de um time de futebol profissional. E quem pergunta acaba se tornando “persona non grata” para diretores e “aspones” da empresa gestora. Parecem não entender que o Ituano, apesar da pouca torcida que vai ao estádio, é um patrimônio da cidade de Itu. E se utilizam de instalações, estádio incluído, que pertencem ao município e por tabela, ao contribuinte.

Assim sendo, sonegar informações sob a condição de sigilo é sim um desserviço a todos. Até porque, quando tudo é feito com clareza, torna-se infinitamente mais confiável. E de quebra permitiria que outros interessados pudessem se apresentar. Enfim, é só uma opinião. Que não é sigilosa...


Moura Nápoli

Moura Nápoli

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