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COLUNA DO SASSO

Ainda a SAF do Ituano. Na última segunda-feira, Juninho Paulista e Paulo Silvestri, donos da SAF, estiveram no programa Hora H, da Rádio Cidade de Itu FM. Acompanhados pelo presidente do clube, responderam a perguntas conduzidas por Heraldo de Oliveira, com participação de Renato Alves e da crônica esportiva local.

Como era previsível, o tempo não foi suficiente para esclarecer tantas dúvidas que cercam o tema. A SAF é complexa e exige explicações detalhadas, não apenas discursos ensaiados. Não basta repetir que é “um novo tempo”. Os dirigentes tentaram transmitir a impressão de que tudo foi debatido de forma ampla antes da aprovação. Mas a realidade foi bem diferente.

A votação apertada mostrou justamente a falta de clareza e o desconhecimento dos associados sobre o teor da proposta. Houve pressa em aprovar algo que pedia mais reflexão. E tempo havia de sobra, já que o contrato de gestão seguia até 2030.

No dia da reunião, ouvi conselheiros e associados que sequer sabiam o que estavam votando. Outro ponto estranho foi o uso de “votos por procuração”. Como aceitar que, em decisão tão vital, alguém simplesmente delegue seu voto a outro?

Questionei o motivo da pressa. Recebi apenas evasivas. Alegaram que o assunto vinha sendo discutido há bastante tempo. Discutido com quem, afinal? Um grupo de estudos chegou a ser formado. Mas suas conclusões, ao que tudo indica, foram ignoradas. Virou mera formalidade para justificar a pressa.

Também perguntei sobre a entrada de um investidor. Se aportar “dinheiro novo”, terá voz ativa nas decisões do futebol? A pergunta ficou sem resposta. Outras questões igualmente seguem em aberto. O uso do Novelli Júnior, patrimônio municipal, precisa ser esclarecido. Qual será a contrapartida do clube com a cidade?

A adesão à Liga Forte, com impacto em direitos de imagem, também. O Ituano aderiu quando estava na Série B, cedendo por 50 anos os tais direitos. Hoje, na Série C, como ficará a situação? Há relatos de que a Liga adiantou valores aos clubes. Foram recursos recebidos? Em que condições? Tudo isso ainda precisa ser explicado.

O Ituano não é um ativo qualquer. É patrimônio da cidade e merece respeito. Não apenas palavras bonitas ou desculpas pelo mau desempenho esportivo. É fato que o clube está sem dívidas e com pagamentos em dia. Mas isso não deve ser vendido como conquista extraordinária. Trata-se de obrigação de qualquer gestão séria. E obrigação não pode ser travestida de feito histórico.


Moura Nápoli

Moura Nápoli

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