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COLUNA DO SASSO

E o Ituano, agora na tal “fase SAF”, resolveu fazer uma faxina daquelas no seu elenco. Até a última terça-feira, onze jogadores já tinham recebido o famoso “bilhete azul”. E não foi pouca gente, não: Vagner, Dija, Nathan, Canesin, Kaio, Gustavo Silva, Fernandinho, Vinícius Popó, Léo Passos, Luiz Felipe e o glorioso Walterson. Ou seja, um time inteirinho. 

Se juntar todo mundo dá até para marcar um amistoso de despedida. Mas nem tudo é saída. Outros treze ainda resistem bravamente ao vento da mudança: Pegorari, Thássio, Carlão, Mancini, Dal Pian, Eduardo Diniz, Daniel, Bruno Silva, Grigor, Thiago Moraes, Ramon, Muranga e Neto Berola. 

Confesso que devo ter esquecido algum nome, mas isso faz parte do pacote: sempre tem aquele jogador que entra em campo e a gente só percebe quando o narrador fala. E a verdade, meus amigos, é que pouquíssimos deixarão saudade. 

Vagner e Pegorari, pela dedicação de anos, ganham nossa gratidão. Dal Pian e Berola se salvaram em meio ao caos, como aquelas luzes piscando em noite de tempestade. Aos demais, nossos votos de muitas felicidades com outras camisas. 

O técnico Mazola segue até o fim do contrato, mas com desconto: abriu mão de 80% do salário nos próximos dois meses. Um ato de desprendimento ou de realismo financeiro? A escolha é sua. O fato é que não há certeza de que ele continuará em 2026, e quem conhece bastidores já aposta que a DIMACHE está atrás de alguém que venha com um investidor debaixo do braço ou então, de um investidor, que venha com um treinador debaixo do braço. 

Três anos se passaram e o Ituano não conseguiu montar um time sequer para empolgar a arquibancada. Pior: conseguiu foi desanimar até os mais fiéis. Agora, com quatro meses de férias pela frente, tempo não vai faltar para a SAF mostrar a que veio. Dinheiro, planejamento e competência — nessa ordem, de preferência — precisam aparecer. Promessas, já vimos, não trazem títulos e nem acessos. 

E antes que algum “crítico de críticas” apareça, vamos repetir: ninguém aqui torce contra o Galo. Pelo contrário, todo mundo da crônica esportiva de Itu gostaria de ver o time no topo, levantando taça, calando vizinhos e enchendo estádio. 

O problema é que, de promessa em promessa, o Ituano ficou especialista em dar esperança e entregar dor de cabeça. Enquanto isso, nós ficamos com a ingrata missão de preencher espaço: sem jogos, sem gols, sem entrevistas, e com a tradicional falta de comunicação do clube. O leitor vai entender se, de vez em quando, a gente trocar o Galo por outro assunto — afinal, até a crônica precisa de movimento. 

Mas quem sabe, com essa nova fase SAF, tudo mude? Quem sabe surja um Ituano capaz de resgatar o torcedor e trazer de volta o orgulho rubro-negro? A esperança, como dizem, é a última que sai do vestiário. Que assim seja


Moura Nápoli

Moura Nápoli

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