Por Daniel Nápoli
O
técnico Luiz Felipe Scolari entrou mais uma vez para a história, neste domingo
(25). Com a vitória por 1x0 sobre o Vasco da Gama, em São Januária, além de dar
o decacampeonato brasileiro ao Palmeiras, fez de Felipão o técnico mais velho em
todos os tempos, a vencer o campeonato nacional, aos 70 anos de idade.
A
conquista, não só recolocou o Verdão de volta ao topo, como “trouxe de volta”,
Scolari, que teve seu prestígio arranhado após a vexatória perda da Copa do
Mundo em 2014, quando o treinador viu do banco de reservas o Brasil ser goleado
por 7x1 pela Alemanha na semifinal e depois uma nova derrota frente a Holanda
(3x0), em decisão pelo terceiro lugar.
Na
época, torcedores e até mesmo grande parte da imprensa, apontaram Felipão como
ultrapassado, “decretando” sua aposentadoria, de maneira melancólica. A
situação piorou, após passagem frustrante pelo Grêmio, após o Mundial.
Depois
de sair do Grêmio, Scolari retornou ao futebol chinês, onde, pelo Guangzhou
Evergrande, faturou a Liga dos Campeões da Ásia (2015), Campeonato Chinês
(2015, 2016 e 2017), Copa da China (2016) e Supercopa da China (2016 e 2017).
Apesar
do período vitorioso na China, os críticos alegavam que as competições
disputadas não tinham o mesmo nível de grandes centros, questionando assim seu
retorno ao Palmeiras, que favorito nos campeonatos em que disputou no ano,
ainda não havia conquistado nenhum, estando xeque.
Porém,
Felipão conseguiu transformar um apanhoado de jogadores de potencial em um
elenco de verdade. O time “deu liga” e a consistência do grupo fez com que o
Palmeiras se recuperasse, promovendo uma ótima campanha, estando atualmente com
uma invencibilidade de 22 jogos no campeonato nacional.
O
título do Campeonato Brasileiro de 2018, não irá apagar o 7x1 sofrido em 2014,
como aquela goleada vexatória, não pagará a conquista do pentacampeonato da
Copa do Mundo, pelo mesmo Felipão, em 2002, assim como outras grandes
conquistas alcançadas pelo treinador.
De
qualquer maneira, a conquista deste domingo tratou de “dar moral”, recuperar o
prestígio tanto de Felipão, quanto do Palmeiras, que inevitavelmente, serão
novamente testados e cobrados na próxima temporada por novos títulos.
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