
Com
uma carreira vitoriosa, em junho deste ano, Palmira com o pensamento nas
próximas gerações do esporte, promoveu a doação de 20 bolas oficiais para as
escolinhas da modalidade da Secretaria Municipal de Esportes, com o objetivo de
incentivar crianças e adolescentes a
praticarem o esporte.
No final de agosto, a ala realizou outra doação pessoal, esta para a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Itu (APAE), com os assistidos pela instituição recebendo bolas e uma cesta para que pudessem brincar.
“Eu
falo que a doação na verdade é uma dívida comigo mesma. Eu sou de origem
humilde e sei o que é não ter um material para você brincar ou saber o que você
vai ser quando crescer”, diz a atleta.
Palmira prossegue: “vou continuar fazendo doações, conforme a disponibilidade, e tem muita gente que está me ajudando nesse projeto. Não tem nada mais gratificante do que você ver as crianças quando recebem um pequeno gesto. Só de você ver a alegria das crianças já recompensa. A primeira dama Patrícia Müller [Gazzola] me ajudou com as tabelinhas para que pudesse doar junto com as bolas, o Dr. Ricardo Giordani (vereador) também está me orientando juridicamente”.
A
ala acredita que as doações possam servir de estímulo. “Aqui em Itu, a gente
tem esse projeto das categorias de base e de fazer Itu se tornar uma capital do
basquete feminino, que tem condições e a partir dessa formação, tem muitas crianças
que estão indo para a prática do basquete e é muito gratificante isso. A vinda
do basquete para cá trouxe mais esse ânimo, essa paixão das crianças”.
Aos
35 anos, a jogadora que iniciou sua trajetória ainda na infância, mas no
atletismo, encontrou sua verdadeira paixão no basquete, sendo formada pela
professora Vilma Bernardes, que possui uma ONG chamada Apagebask na cidade de
Garulhos, local em que mantém um projeto de formação de jovens atletas.
“Quero me espelhar no projeto dela que tem
muito futuro e forma pessoas de muito talento. Estou com 35 anos, com 28 deles
dedicados ao basquete e vamos ver até quando vou. Pretendo ir mais dois, três
anos se minhas lesões não me atrapalharem, como me atrapalharam recentemente. Continuo
me cuidando, trabalho o físico, para que eu continue um pouco mais aí”, explica.
Durante
o bate-papo, a ala fala sobre o futuro. “Tenho em mente um projeto, mas mais
para frente, depois de eu terminar minha formação acadêmica (Educação Física),
falta pouco mais de um ano e meio para
eu me formar, para eu exercer a profissão ou até mesmo poder sair das quatro
linhas e poder atuar de uma maneira diferente. Eu gosto muito de criança e tenho
muita paciência para trabalhar com elas, eu sempre ajudava a minha mãe treinadora
(Vilma Bernardes). Essa parte de orientar de ajudar eu já tinha por parte dela,
minha mãe de criação que me ajudou muitas coisas dessa parte do
profissionalismo”.
Grata
por sua trajetória, Palmira demonstra confiança para a sequência da temporada
2019. “Queria agradecer Itu que tem nos dado bastante apoio. Todos os nossos
patrocinadores e o prefeito Guilherme Gazzola, o Dr. Ricardo Giordani, que são
apaixonados pelo esporte e nos dão o apoio necessário e o Ituano que nos
acolheu de maneira grandiosa. Nosso foco é ganhar o Paulista e os Jogos Abertos. Temos
totais condições, tínhamos também nas outras competições, mas às vezes acontecem
obstáculos pelo caminho, mas acho que agora estamos em uma pré-temporada feroz
pra gente entrar voando e não tem quem irá tirar da gente. A gente pode perder,
mas não vamos nos entregar tão fácil”.
No
encerramento do bate-papo, a ala deixa um conselho para os jovens que almejam
uma carreira no basquete. "Você vai ouvir muitos nãos, vai ouvir que você não vai conseguir, que você
não vai chegar, mas se você persistir, for resiliente, falar ‘eu quero, eu
posso, eu vou’, então você vai conseguir. Tudo faz parte de um processo, de um
ensinamento de um aprendizado e é isso que a gente tem que levar. Não desista,
siga em frente e tudo o que você almejar, você vai conseguir. Eu sempre quis
defender a seleção e mesmo com os nãos que eu recebi, consegui disputar todos
os campeonatos que uma atleta luta ou treina diariamente para competir pela
amarelinha e isso não tem preço”, encerra.
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