O Ituano finalmente se movimentou na janela de transferências e anunciou a chegada de Felipe Muranga, atacante de 24 anos, emprestado pelo Rio Branco de Americana, clube que disputou a Série A-3 do Paulistão em 2025.
Canhoto, Muranga atua pelos dois lados do campo. Na carreira profissional, soma 83 jogos, 11 gols e – acredite – uma única assistência.
Pelo Rio Branco, foram 45 partidas e apenas quatro gols. Não se trata, em absoluto, de um julgamento pessoal. Muranga é um profissional, merece respeito e boas-vindas.
Seria maravilhoso que se revelasse um Estevão com a camisa rubro-negra. A crítica, porém, é direcionada à gestão do clube.
Após cair da Série A-1 do Paulista e da Série B do Brasileiro em um único e doloroso 2024, era de se esperar algo diferente. Mais ousadia. Melhores escolhas. Mais critério.
A torcida ouviu do gestor do clube a promessa de que 2025 seria o ano da reconstrução. O retorno às divisões de cima seria prioridade. Mais que prioridade, uma certeza!
Mas o que se vê é a repetição de erros: algumas contratações que, com enorme boa vontade, talvez servissem para um campeonato amador local. E olhe lá... O cenário é preocupante.
O Ituano ocupa hoje a décima colocação da Série C, fora da zona de classificação para a segunda fase. Faltam seis rodadas. No domingo, encara o Itabaiana fora de casa, um dos lanternas.
Depois, ainda terá pela frente quatro equipes que, neste momento, estão acima na tabela. Missão duríssima.
Há quem diga que Mazola Júnior, técnico da equipe, pediu reforços – e não foi atendido. Que se diga: Mazola é bom treinador, mas não faz milagres. E Felipe Muranga, com todo o respeito, dificilmente será a solução para os problemas ofensivos do Galo.
A impressão é de que a gestão se iludiu com a boa campanha de 2022 e passou a se achar acima do bem e do mal. Nem mesmo o vexame de 2024 parece ter ensinado algo.
Agora, classificação difícil, a zona de rebaixamento logo ali, resta jogar a responsabilidade nas costas do treinador e seguir “empurrando com a barriga”. Se o Ituano não vencer neste domingo, o desfecho da temporada poderá ser ainda mais melancólico.
E aí virá, como sempre, o discurso bonito, recheado de promessas vazias. O problema é que esse tipo de promessa tem o poder de levar o clube a lugares ainda piores. E o fundo do poço, pelo que estamos vendo, não está tão distante assim.
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