E a situação permanece incômoda. Mas o grande incômodo é a falta de qualidade do futebol apresentado. Todo mundo sabe que a Série C não é o melhor dos mundos em termos técnicos. A disputa se dá em nível bastante baixo. Mesmo os times em melhor posição na tabela não conseguem apresentar um futebol de encher os olhos de quem quer que seja.
Mas precisa existir um mínimo necessário para que alguma coisa melhor possa ser ambicionada. No caso, subir para a Série B. O Ituano parece estar contando que, com o mínimo necessário, conseguirá seu objetivo. Mas nem esse mínimo temos visto ultimamente.
Neste sábado, o rubro-negro volta a jogar em seus domínios, recebendo o Botafogo da Paraíba, atual 15º colocado. É o típico jogo em que não dá pra cogitar outro resultado que não seja a vitória. Qualquer tropeço em casa pode custar caro no fim da fase de classificação.
grande preocupação, no entanto, é o fraco desempenho. Contra o Guarani, o Ituano não acertou sequer um chute a gol. Isso mesmo: nenhum. A defesa segurou o “tranco”, é verdade, mas do meio campo para a frente, nem no “tranco” pegou. Léo Passos, Vinícius Popó e Berola, os atacantes do time, devem se perguntar se o esporte praticado pelos companheiros é mesmo o futebol.
A impressão que fica é a de que para esses, é um outro esporte, no qual é terminantemente proibido acertar qualquer passe ou lançamento após a linha divisória do gramado. Coisa horrível. Aliás, pra que se tenha uma ideia, o treinador Mazola nem usou todas as substituições a que tinha direito. Talvez porque o banco de reservas não inspire muita confiança. Aliás, não inspira confiança alguma.
A diretoria segue firme… na omissão. Reforços? Nenhum. Ideias criativas? Zero. A sensação é de que o recado foi dado: Mazola que se vire com o que tem. E o que tem não é muito.
O técnico agora precisa se desdobrar entre receitas de omelete e truques de mágica: ou faz milagre com os mesmos nomes de sempre, ou a prometida vaga na Série B pode ir pelo ralo. E não nos esqueçamos, essa vaga foi prometida.
Aliás, não só a vaga. A vaga e o título! Hoje tem jogo. E mais que isso: tem prova de fogo. Vamos ver se Mazola tem vocação para mágico — ou se vai faltar até o coelho pra tirar da cartola.
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