Neste sábado o Ituano, antigo “Futebol Clube” , agora “Sociedade Anônima de Futebol, SAF” — três letrinhas que mudam bastante o futuro do clube — entra em campo contra o Ypiranga num jogo que vale muito mais do que os três pontos.
A conta é simples: o Galo está a dois pontos do G-8, mas também a apenas três da temida zona de rebaixamento. Ou seja, um passo em falso e o sonho de acesso pode virar um pesadelo de queda em questão de noventa minutos.
Vitória, portanto, virou obrigação. Mas não só para subir: também para não cair. É a famosa matemática do futebol, que nunca fecha direito, mas que deixa o torcedor de “cabelo em pé”.
A verdade é que o Ituano
ainda mantém suas chances de classificação, que são poucas, muito mais porque
seus concorrentes tropeçam do que por méritos próprios. Enquanto uns deixam
escapar chances incríveis, o Galo se mantém vivo quase por inércia. E todos
sabem: viver de tropeço alheio não é recomendável.
Mazola Júnior tem desfalques. Cá entre nós: em certos casos, a ausência se torna um reforço... E afinal, com o baixo rendimento apresentado pelo time, qualquer mudança pode se tornar uma oportunidade para quem entra.
O Ituano precisa de algo além de esforço: precisa jogar algum
futebol. O que se viu até aqui foram lampejos, mas nada que sustente uma
campanha firme e que possa alimentar alguma esperança.
Neste sábado o time tem uma chance para provar que pode sim, sonhar com alguma coisa melhor ainda nessa competição. Enquanto isso, o torcedor prepara-se para o teste. Vai apoiar? Vai cobrar? Vai cantar mais forte?
A partida também será um termômetro da aceitação da SAF. Há quem
aplaudiu, há quem ficou com pé atrás.
E nada como um jogo decisivo para medir o humor do torcedor. Não são tantos assim os que comparecem ao Majestoso, sempre na marca dos 1.000 torcedores.
Mas não deixa de ser uma amostragem interessante. Seria
legal que o Novelli estivesse lotado, mas isso também é pedir demais.
O time não ajuda e as últimas temporadas foram decepcionantes. Difícil motivar o torcedor, mas inegavelmente, os que comparecem apoiam bastante.
O Galo hoje, não pertence mais ao torcedor. Hoje o Ituano tem donos, os sócios-proprietários da DIMACHE, a empresa detentora da maior parte das ações da Sociedade Anônima de Futebol. A SAF é agora, uma realidade.
Mas será no gramado que o clube terá que mostrar resultados condizentes
com essa “modernidade”.
O Ypiranga, como não tem nada com isso, está também mirando o G-8 (é o 10º , colocado). O time ficou a maior parte da competição entre os oito primeiros colocados, mas caiu de rendimento nas últimas rodadas e agora vê ameaçada a sua classificação.
A tarde promete ser de muito calor, dentro e fora do gramado.
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