A Série C do Campeonato Brasileiro chega a um momento decisivo. Última rodada da primeira fase, restando três vagas no G-8 e a disputa se tornou tão apertada quanto irregular.
Do Guarani, em 6º lugar com 26 pontos, até o Maringá, em
15º com 22, a diferença é mínima: apenas quatro pontos separam dez equipes.
Esse equilíbrio, no entanto, não se deve a um alto nível técnico, mas sim à
instabilidade geral dos clubes.
Os números mostram um campeonato de baixo aproveitamento.
Equipes com mais derrotas do que vitórias ainda sonham com a classificação.
Empates em excesso e atuações inconsistentes fazem com que a tabela mude a cada
rodada, sem que nenhum desses postulantes consiga abrir vantagem real.
O resultado é um cenário de indefinição em que quase
todos seguem vivos, mas poucos transmitem confiança. Nesse contexto, o Ituano
ocupa a 8ª colocação, com 24 pontos. O Galo rubro-negro tem campanha irregular,
alternando vitórias, empates e derrotas de forma quase matemática. São “seis de
cada”. A falta de uma sequência positiva impede o time de se firmar na parte de
cima e obriga a cada jogo uma nova prova de sobrevivência.
O próximo compromisso traz um simbolismo particular. O
Ituano vai enfrentar o Náutico, fora de casa, no estádio dos “Aflitos”. O nome
do palco traduz bem a situação da equipe: qualquer resultado negativo e o ano
estará encerrado para o Galo. Por outro lado, uma vitória em Recife seria a
redenção, garantindo a passagem para a próxima fase da competição e mantendo
vivo o sonho do retorno à Série B.
A disputa por essas vagas, portanto, não será definida
apenas pela qualidade técnica — que tem se mostrado escassa —, mas pela
capacidade de resistir à pressão e aproveitar ao máximo cada oportunidade.
Guarani e Brusque aparecem um pouco mais consistentes, mas ainda não
consolidados. Floresta, Botafogo-PB, Confiança e Figueirense oscilam demais. E
CSA, Ypiranga e Maringá seguem próximos o suficiente para surpreender.
Ao Ituano, resta encarar esse jogo como uma decisão. Diante de um adversário já classificado e, portanto, tranquilo, o Galo joga pelo seu futuro. Desta e da próxima temporada. Em tempos de SAF, o impacto financeiro de uma eliminação seria considerável. Em compensação, a classificação seria comemorada como uma nova etapa na vida do clube rubro-negro. Que assim seja.

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