Por
Daniel Nápoli
1978
Após exibir um futebol bem abaixo das expectativas em
1974, o Brasil foi para a Copa do Mundo de 1978, na Argentina com um grupo
formado em sua maioria por novos talentos, que seriam liderados em campo, por Rivelino,
de 32 anos, parte da genial equipe do tri.
O técnico Cláudio Coutinho levou para a Argentina, os
seguintes atletas:
Goleiros – Emerson Leão (Palmeiras), Carlos (Ponte Preta)
e Waldir Peres (São Paulo)
Laterais – Toninho Baiano (Flamengo), Edinho (Fluminense),
Nelinho (Cruzeiro) e Rodrigues Neto (Botafogo-RJ),
Zagueiros – Oscar (Ponte Preta), Amaral (Guarani), Abel
Braga (Vasco da Gama) e Polozzi (Ponte Preta)
Volantes – Toninho Cerezo (Atlético-MG), Batista
(Internacional-RS) e Chicão (São Paulo)
Meias – Zé Sérgio (São Paulo), Zico (Flamengo), Rivelino
(Fluminense), Bufalo Gil (Botafogo-RJ) e Jorge Mendonça (Palmeiras)
Atacantes – Reinaldo (Atlético-MG), Dirceu (Vasco da
Gama) e Roberto Dinamite (Vasco da Gama)
O Brasil estreou em solo argentino, no dia 3 de junho, em
Mar del Plata, diante da Suécia. Apesar de ter saído atrás do marcador, os
brasileiros empataram , com Reinaldo. No final do jogo, após cobrança de
escanteio, Zico virou a partida, porém a arbitragem alegou ter encerrado a
partida logo após a cobrança, antes da finalização do Galinho.
Com isso, o jogo terminou empatado. Porém, essa não foi a
única polêmica envolvendo o Brasil naquele torneio.No mesmo estádio, no dia 7
daquele mês, os brasileiros voltaram a campo, contra a Espanha e não saíram do
0x0.
A cidade de Mar del Plata, foi palco ainda do último jogo
do Brasil na primeira fase. Enfim, a seleção brasileira venceu, com gol
solitário de Roberto Dinamite.
O Brasil estava classificado para a segunda fase e assim
como o regulamento do Mundial anterior, quatro seleções se enfrentariam em um
grupo, com o primeiro colocado indo para a final.
No dia 14 de junho, em Mendonza, os brasileiros venceram
o Peru por 3x0, com dois gols de Dirceu e um de Zico. Enquanto que, no outro
jogo da chave, a Argentina venceu a Polônia, por 2x0.
No mesmo Estádio Cidade de Mendonza, os brasileiros
enfrentaram os donos da casa, no dia 18 de junho, em uma partida bastante dura.
Com um empate por 0x0, a equipe de Cláudio Coutinho manteve a liderança da
chave. No outro duelo, a Polônia bateu o Peru, por 1x0.
Veio a terceira e decisiva partida do grupo. O Brasil,
com gols de Nelinho e Roberto Dinamite (duas vezes), venceu a Polônia por 3x1 e
parecia ter encaminhado tranquilamente, a sua classificação para a decisão daquele
Mundial. Era o sonho do tetra, mais próximo.
Os brasileiros só perderiam a vaga, se a Argentina
goleasse o Peru por uma diferença superior a de quatro gols. Embora os peruanos
fossem inferiores tecnicamente, nenhuma derrota até ali, havia sido superior
aos três gols.
Porém, com dois gols de Kempes, um de Tarantini, dois de
Luque e um de Houseman, os argentinos atropelaram os peruanos por 6x0. Até
hoje, a partida gera enorme polêmica, alimentada pelo goleiro da seleção
peruana, o argentino naturalizado Quiroga, que alega ter facilitada a vida dos
anfitriões.
A Argentina estava na final para enfrentar a Holanda,
enquanto que o Brasil, iria decidir o terceiro lugar.
Após esse episódio, a FIFA decidiu que partidas decisivas
de grupos, seriam jogadas simultaneamente, para evitar possíveis
favorecimentos.
No dia 24 de junho, um sábado, o Brasil entrou em campo
no Monumental de Nuñez, em Buenos Aires e com gols de Nelinho e Dirceu, bateu a
Itália por 2x1, terminando o Mundial em terceiro lugar, invicto e com o
“título” de “campeão moral”.
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