O
BRASIL NAS COPAS
Por
Daniel Nápoli
1986
Após a amarga derrota no Mundial anterior, o Brasil
novamente sob o comando de Telê Santana, foi para a Copa do Mundo no México,
pressionado.
Não bastasse estar a 16 anos esperando pelo
tetracampeonato, a seleção jogaria novamente o torneio no país em que havia
faturado o tri, jogando o “fino da bola”.Apesar da “tragédia do Sarriá”, o Brasil foi para o
Mundial de 1986, como um dos favoritos,
tendo os seguintes jogadores convocados:
Goleiros – Carlos (Corinthians), Emerson Leão (Palmeiras)
e Paulo Victor (Fluminense)
Laterais – Edson (Corinthians), Josimar (Botafogo),
Júnior (Torino/ITA) e Branco (Fluminense)
Zagueiros – Mauro Galvão (Internacional-RS), Oscar (São
Paulo), Júlio César (Guarani) e Edinho (Udinese/ITA)
Volantes – Elzo (Atlético-MG), Falcão (São Paulo) e
Alemão (Botafogo-RJ)
Meias – Zico (Flamengo), Sócrates (Flamengo) e Silas (São
Paulo)
Atacantes – Muller (São Paulo), Casagrande (Corinthians),
Careca (São Paulo), Valdo (Grêmio), Edivaldo (Atlético-MG) e Russinho (Vasco da
Gama)
O Brasil estreou na Copa de 1986, no dia 1 de junho, no
estádio Jalisco, em Guadalajara, vencendo a Espanha por 1x0,
gol de Sócrates, na segunda etapa.
Cinco dias depois, os brasileiros novamente venceram pela
contagem mínima, no mesmo estádio, dessa vez o adversário era a Argélia e o gol
foi de Careca.
Encerrando a primeira fase, no mesmo Jalisco, a seleção
Canarinho bateu a Irlanda do Norte por 3x0, com Careca (duas vezes) e Josimar
balançando as redes, no dia 12 de junho.
O estádio Jalisco foi o palco da partida das oitavas de
final, no dia 16 de junho, do Brasil diante da Polônia. A vitória brasileira
foi construída em uma goleada de 4x0, com gols de Sócrates, Josimar, Edinho e
Careca.
Veio as quartas de final e com ela a primeiro grande
desafio daquele Mundial, a França de Michel Platini. Novamente no estádio
Jalisco, palco de grandes alegrias para o Brasil, nossa seleção iria encarar
pela primeira vez os franceses em Copas do Mundo, desde 1958, ano da primeira conquista
Canarinho.
Após uma partida nervosa, com as duas seleções tendo oportunidades claras de gols, apesar do Brasil ter saído na frente com Careca,
sofreu o seu primeiro gol naquele
torneio ainda no primeiro tempo.
O Brasil poderia ter garantido a classificação, não fosse
o pênalti perdido por Zico, que jogou a competição “no sacrifício”, quase não
indo para o México, se recuperando de uma grave lesão, sofrida no ano anterior.
A decisão da vaga para a semifinal, foi decidida nos
pênaltis, com o sonho do tetra sendo adiado, após Sócrates e Júlio César
desperdiçarem suas cobranças. Brasil era eliminado após ser derrotado por 4x3
nas penalidades.
Naquela Copa, a festa foi toda da Argentina, do craque
Diego Armando Maradona, que conquistou o bicampeonato sobre a Alemanha
Ocidental.
Nenhum comentário:
Postar um comentário