Por Daniel Nápoli
1982
Após terminar o Mundial de 1978 disputado na Argentina,
de maneira invicta, a seleção brasileira foi para a Copa de 1982, com o que
tinha de melhor, apesar de não poder ter contanto com o atacante Careca, lesionado
às vésperas da competição e nem com o goleiro Emerson Leão, por problemas de
relacionamento com o técnico Telê Santana.
Contando com craques como Falcão, Cerezo, Zico e Sócrates
para a imprensa brasileira e mundial, o torneio parecia que seria uma mera
formalidade para oficializar o tetracampeonato.
O Brasil, treinado por Telê Santana foi ao Mundial da
Espanha com os seguintes atletas:
Goleiros – Waldir Peres (São Paulo), Paulo Sérgio (Botafogo-RJ)
e Carlos (Ponte Preta)
Laterais – Leandro (Flamengo), Júnior (Flamengo),
Edevaldo (Internacional-RS) e Pedrinho (Vasco da Gama)
Zagueiros – Oscar (São Paulo), Luizinho (Atlético-MG),
Juninho (Ponte Preta) e Edinho (Fluminense)
Volantes – Toninho Cerezo (Atlético-MG) e Falcão (Roma)
Meias – Paulo Isidoro (Grêmio), Sócrates (Corinthians),
Zico (Flamengo), Batista (Grêmio) e Renato (São Paulo)
Atacantes – Serginho Chulapa (São Paulo), Éder
(Atlético-MG), Roberto Dinamite (Vasco da Gama) e Dirceu (Atlético de Madrid)
O Brasil estreou naquela Copa, no dia 14 de junho, em
Sevilha, contra a União Soviética. Apesar de ter saído atrás no marcador, a
seleção brasileira procurou os espaços e com gols de Sócrates e Éder, virou a
partida, garantindo a vitória.
Quatro dias depois, também em Sevilha, os brasileiros
novamente saíram atrás no placar, mas depois “passearam” em campo, goleando a
Escócia por 4x1, com gols de Zico, Oscar, Éder e Falcão.
O terceiro e último jogo da primeira fase, na mesma
cidade, foi contra a Nova Zelândia, no dia 23 de junho. O Brasil venceu com
nova goleada, dessa vez por 4x0, com gols de Zico (duas vezes), Falcão e
Serginho Chulapa.
Os comandados de Telê Santana estavam classificados para
a segunda fase, onde enfrentariam em um triangular, a Argentina (então campeã
mundial) e a Itália (que com uma campanha irregular, quase acabou eliminada na
primeira fase).Das três seleções, apenas a primeira colocada de cada
chave, se classficaria para as semifinais do Mundial.
Veio o dia 2 de julho, e com ele a partida entre Brasil e
Argentina, disputada em Barcelona. Com um verdadeiro show de bola, os
brasileiros despacharam a Argentina por 3x1, com Zico, Serginho Chulapa e
Júnior marcando os gols brasileiros.
Como a Itália já havia batido os argentinos por 2x1,
bastava um empate diante da Azzurra, para a Seleção Canarinho passar de fase.
Devido a sofrível campanha italiana na primeira fase, a
maioria da imprensa mundial, dava como questão de 90 minutos, a classficiação
do Brasil, porém, não foi bem assim que aconteceu.
Paolo Rossi, abriu o placar para a Itália, no Estádio
Sarriá, em Barcelona, com Sócrates empatando
para os brasileiros. A vaga ainda era nossa. Pouco tempo depois, Rossi
voltou a colocar a Itália na frente, com Falcão empatando a partida.
Quando o jogo encaminhava para a parte final, brilhou
mais uma vez a estrela de Rossi, que marcou o terceiro gol, dando números
finais ao confronto.
Ocorria assim, a “Tragédia do Sarría”, era o fim do sonho
de converter em título, o futebol arte apresentado pelo Brasil naquela Copa.
Foi a vitória do futebol pragmático dos italianos, que
conquistaram o tricampeonato naquele torneio.
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