Por
Daniel Nápoli
A 7ª edição da Copa do Mundo de Futebol foi disputada no
Chile. O Mundial voltava a ser jogado no continente sul-americano, após 12
anos.
Então defensor do título, o Brasil, agora comandado por Aymoré Moreira, irmão de Zezé Moreira,
comandando da seleção na Copa-1954, era o grande favorito a Taça.
Goleiros – Gilmar (Santos) e Castilho (Fluminense)
Laterais – Djalma Santos (Palmeiras), Nilton Santos
(Botafogo-RJ), Jair Marinho (Fluminense) e Altair (Fluminense)
Zagueiros – Bellini (São Paulo), Mauro Ramos (Santos),
Zózimo (Bangu) e Jurandir (São Paulo)
Meio-campistas – Zito (Santos), Didi (Botafogo-RJ),
Zequinha (Palmeiras) e Mengálvio (Santos)
Atacantes – Garrincha (Botafogo-RJ), Zagallo
(Botafogo-RJ), Vavá (Palmeiras), Pelé (Santos), Jair da Costa (Portugesa-SP),
Coutinho (Santos), Amarildo (Botafogo-RJ) e Pepe (Santos)
O Brasil estreou naquele Mundial no dia 30 de maio, no
Estádio Sausalito, em Viña Del Mar. Novamente o México cruzava seu caminho em
Copas do Mundo.
Com gols de Zagallo e Pelé, o Brasil venceu os mexicanos
na estréia, sem menores problemas. A adversária seguinte, a Tchecoslováquia,
exigira mais dos então campeões.
No mesmo estádio, os brasileiros enfrentaram os thecos,
no dia 2 de junho. Em um jogo pegado, com os europeus abusando da violência, o
Brasil sofreu uma importante baixa. O grande nome de nossa seleção, Pelé, após
receber uma entrada criminosa, se lesionou seriamente, não jogando mais aquele
Mundial. A partida terminou 0x0, com o planeta se perguntando se a seleção
Canarinho, apesar dos grandes nomes que tinha, iria longe sem sua principal
estrela.
Ainda em Viña Del Mar, os brasileiros enfrentaram os
espanhóis, levando um novo susto, ao sair atrás do marcador, mas com dois gols
de Amarildo, que entrara no lugar de Pelé, o Brasil não só virou a partida,
como se garantiu nas quartas de final.
Veio a fase de “mata-mata” e com ela brilhou a estrela de
Garrincha. No mesmo estádio, que se tornou a casa brasileira naquela Copa, o
Brasil venceu a Inglaterra por 3x1, com dois gols do “Anjo das pernas tortas” e
um de Vavá. O Brasil novamente estava na semifinal.
Para se garantir em mais uma decisão de Mundial, o Brasil
teria de enfrentar os donos da casa, que estavam embalados e empolgados com as
últimas atuações. O local da partida pela primeira vez, seria outro, o Estádio
Nacional de Chile, em Santiago.
Em um jogo duro, os brasileiros venceram o duelo
sul-americano por 4x2, com dois gols de Garrincha e outros dois de Vavá. Pela
segunda Copa consecutiva, o Brasil estava na decisão. O rival, seria a
Tchescoláquia, a mesma adversária da primeira fase e que lesionará Pelé.
No dia de 17 de junho, ocorreu a decisão, em Santiago. O jogo estava
carregado de emoções. Além da defesa do título, o Brasil queria a vitória
para “calar” os tchecos e “vingar” Pelé, da violência que
havia acontecido no primeiro encontro das seleções.
Assim como quatro anos antes, os brasileiros saíram atrás
no marcador, mas com gols de Amarildo, Zito e Vavá, o Brasil virou a partida e
sagrou-se bicampeão mundial, igualando o feito do Uruguai e da Itália, como
países com maior número de Copas vencidas. Mesmo sem Pelé, a seleção brasileira
se mantinha no topo do futebol.
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