Por
Daniel Nápoli
2006
Pentacampeão mundial, finalista das três últimas edições
da Copa, tendo conquistado duas delas, o Brasil foi para o Mundial da Alemanha,
como grande favorito ao título, embora tenha tido uma preparação bastante atribulada.
Contando com jogadores como Dida, Cafú, Roberto Carlos,
Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo e Adriano, as partidas seriam para a maioria
da torcida e da imprensa mundial meras formalidades até o hexa.
A seleção comandada por Carlos Alberto Parreira, foi a
Copa do Mundo com os seguintes atletas:
Goleiros – Dida (Milan-ITA), Rogério Ceni (São Paulo) e
Júlio César (Inter de Milão-ITA)
Laterais- Cafú (Milan-ITA), Roberto Carlos (Real
Madrid-ESP), Cicinho (Real Madrid-ESP) e Gilberto (Hertha Berlim-ALE)
Zagueiros – Lúcio (Bayern de Munique-ALE), Juan (Bayern
Leverkusen-ALE), Luisão (Benfica-POR) e Cris (Lyon-FRA)
Volantes – Émerson (Juventus-ITA), Gilberto Silva
(Arsenal-ING), Zé Roberto (Bayern de Munique-ALE) e Mineiro (São Paulo)
Meias – Kaká (Milan-ITA), Ronaldinho Gaúcho
(Barcelona-ESP), Juninho Pernambucano (Lyon-FRA) e Ricardinho (Corinthians)
Atacantes – Adriano (Inter de Milão), Ronaldo (Real
Madrid-ESP), Fred (Lyon-FRA) e Robinho (Real Madrid-ESP)
A estreia do Brasil na Copa da Alemanha, foi no dia 13 de
junho, contra a Croácia, em Berlim. Com dificuldades de furar a marcação crota,
os brasileiros chegaram a vitória, com um golaço de Kaká.No dia 18 de junho, em Munique, o confronto foi diante da
Austrália, Atuando melhor do que na estreia, o Brasil venceu por 2x0, com gols
de Adriano e Fred.
Encerrando a primeira fase, o Brasil atuou no dia 22 de
junho, em Dortmundo, contra o Japão, treinado pelo brasileiro Zico. A seleção
pentacampeã passou por um susto, ao sair atrás no marcador, mas com um toque de
bola envolvento o Brasil não só virou a partida, como goleou por 4x1. Com
Ronaldo (duas vezes), Juninho Pernambucano e Gilberto, sendo os autores dos
gols.
Ainda em Dortmund, o Brasil enfrentou no dia 27 de junho,
Gana, nas oitavas de final. A vitória veio com um 3x0 de autoridade, com gols
de Ronaldo, Adriano e Zé Roberto. O tento de Ronaldo, o fez entrar para a
história como o maior artilheiro da história das Copas do Mundo (15 gols),
recorde que seria batido mais para frente.
Classificado para as quartas de final, o Brasil teria
agora pela frente a França, algoz no Mundial de oito anos antes. Era a chance
de uma revanche.
Para os brasileiros, o dia 1 de julho tinha tudo para ser
marcado como a data em que o Brasil teria sua revanche diante da França, para
consagrar definitivamente aquela geração de grandes craques. Embora tenha sido
o nome do penta, era a chance de Ronaldo exorcizar definitivamente, diante do craque francês
Zidane, o fantasma da convulsão da decisão da Copa-1998.
Além disso, uma vitória brasileira, significaria a
aposentadoria de Zidane, uma vez que o craque havia anunciado que seu último
jogo como profissional, concidiria com a derradeira partida francesa naquela
Copa.Significaria. Longe de sua melhor forma física, os
brasileiros foram engolidos pela experiênzia de Zidane, Henry e demais
remanescentes daquela decisão de oito anos antes.
A vitória francesa com um gol de Henry, em meio a um show
de bola de Zidane, acabou com o sonho de ver uma seleção cheia de estrelas,
faturar a Copa. O pesadelo de 1998 retornava ainda mais forte, fazendo lembrar
até mesmo a “tragédia do Sarriá”.
Embora Zidane tivesse sido o principal nome da campanha
francesa, acabou também sendo o símbolo da derrota na decisão do Mundial de
2006, ao perder a cabeça e ser expulso, após agredir o zagueiro italiano
Materazzi.
Assim como em 1982, quando o futebol arte brasileiro
sucumbiu, a Itália acabou como a campeã. Embora cheia de tradição, de maneira
pragmática e desacreditada em meio a uma nova crise em seu futebol, envolvendo
manipulações de resultados em suas ligas, levou o tetra.
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