O TABU DO BICAMPEONATO
Por Daniel Nápoli
Desde o italiano Vittorio Pozzo (foto abaixo) que comandou a Itália
bicampeã mundial em 1934 e 1938, nenhum outro treinador conseguiu repetir o
feito de conquistar mais de um titulo da Copa, seja de forma consecutiva ou
alternada. O brasileiro Mário Jorge Lobo Zagallo e o argentino Carlos Bilardo
foram os técnicos que mais chegaram perto de quebrar o tabu.
É bem verdade que Zagallo foi campeão mundial com a seleção
brasileira em 1958, 1962, 1970 e 1994, mas nas duas primeiras atuou como
jogador, sendo que em 70 era o treinador e em 94 era o auxiliar técnico de
Carlos Alberto Parreira. O “Velho Lobo”, após comandar o Brasil na conquista do
tri, seguiu como técnico do selecionado na Copa seguinte, disputada na
Alemanha, mas caiu nas semifinais daquele torneio, sucumbindo à forte seleção
da Holanda, de Cruyff e cia. Anos mais
tarde, voltou a dirigir a seleção canarinho, chegando à final do Mundial de
1998, disputado na França, mas viu seu país ser atropelado pelos donos da casa
por 3x0.
Já Bilardo sagrou-se campeão mundial no comando técnico da
Argentina na Copa de 1986 e levou seu país novamente à final no Mundial
seguinte, realizado na Itália. Se na primeira vez, os argentinos levaram a
melhor sobre a Alemanha, na segunda oportunidade Carlos viu suas chances de
título terminarem ao perder a decisão para a mesma Alemanha.
Agora, em 2014, dois
treinadores pode por fim a esse tabu de quase 76 anos. Um é o brasileiro Luiz
Felipe Scolari (foto acima). Embora sua primeira e até agora única conquista de Copa tenha
sido pelo Brasil em 2002, Felipão, mesmo não sendo de forma consecutiva, pode
levar o bicampeonato em entrar ainda mais na história do futebol. Atuando em
casa e já tendo a experiência de uma conquista em 2002 e de ter levado Portugal
a uma semifinal de Copa (2006), após 40 anos de ausência, a expectativa é
grande.
Outro treinador que pode acabar com o tabu que
persiste há décadas é o espanhol Vicente Del Bosque (foto acima). Atual campeão mundial com
a Espanha, Del Bosque sabe que ao lado do Brasil sua seleção é uma das
principais favoritas a taça. Vem credenciado após o bicampeonato na Europa de
2012, embora o favoritismo tenha sido um pouco arranhado após o vice na Copa
das Confederações do ano passado.
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