Por
Daniel Nápoli

Portanto, Buffon se junta agora ao também goleiro
mexicano Antonio Carbajal e ao meia-atacante alemão Lothar Matthäus, como os
atletas que mais vezes participaram de Copas do Mundo.
Carbajal disputou pelo México os Mundiais de 1950, 1954,
1958, 1962 e 1966, enquanto Matthäus, defendeu a Alemanha nas Copas de 1982,
1986, 1990, 1994 e 1998, sendo campeão em sua terceira participação, como um
dos principais nomes da equipe, em 90, na Itália.
Em sua primeira Copa do Mundo, em 1998, na França, o
jovem Buffon, de 20 anos, foi convocado como terceiro goleiro e viu a Azzura
ser eliminada nos pênaltis, pelos donos da casa, nas quartas-de-final, sem ter
atuado em nenhuma das cinco partidas do selecionado.
Quatro anos depois, no Mundial da Coréia do Sul e do
Japão, já como titular da seleção, o arqueiro amargou novamente uma eliminação,
desta feita para a anfitriã Coréia do Sul, na fase de oitavas-de-final.
Titular absoluto da Azzura nos anos seguintes, Buffon foi
à sua terceira Copa, em 2006, na Alemanha e após amargar dois insucessos (um do
banco de reservas e outro dentro de campo), terminou o torneio sendo um dos
protagonistas, tendo fundamental importância para a conquista do tetracampeonato
mundial da Itália.
Em 2010, na África do Sul, Gianluigi esperava repetir as
brilhantes atuações da Copa anterior e consequentemente ajudar a Itália a
conquistar o pentacampeonato, mas o que poderia ser um novo momento de glória,
terminou com gosto amargo.
Uma lesão nas costas, durante a estreia da Azzura, contra
o Paraguai, obrigou o goleiro a deixar de defender sua seleção no Mundial.
Tendo atuado apenas na etapa inaugural do jogo, Buffon viu a então campeã
Itália ser eliminada da Copa ainda na primeira fase.
Agora em 2014, Buffon esperava estrear contra a forte
Inglaterra e tirar o gosto amargo de sua última participação em Copas, mas uma
nova lesão, agora no tornozelo, durante reconhecimento de gramado, em Manaus, o
tirou da partida. A vitória da Azzurra pro 2x1, tirou um pouco de sua frustração.
A expectativa fica agora por conta de sua breve recuperação para que possa
voltar à meta da seleção e ajudá-la a avançar às oitavas-de-final.
Embora para parte da imprensa e de torcedores, Buffon
deva no Brasil, realizar o seu último mundial defendendo a meta da Azzura, o
próprio não descarta uma possível participação na Copa de 2018, que acontecerá
na Rússia. O goleiro terá 40 anos e se a Itália confirmar presença e Buffon
ainda estiver em forma e com disposição, poderá alcançar sua sexta participação
em Copas, tornando-se de forma isolada, como o atleta com mais presença em
Mundiais.
Para isso, o arqueiro mira em outro mito da meta da “Velha
Bota”. Na Copa de 1982, disputada na Espanha, Dino Zoff não só atuou no torneio
aos 40 anos, como tornou-se campeão com atuações brilhantes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário