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ANOS SEM AYRTON SENNA
Por
Daniel Nápoli

Sinômino de sucesso e garra, Senna conquistou ao longo de
sua trajetória na categoria máxima do automobilismo mundial, 41 vitórias, 65
poles positions, além dos mundiais de 1988, 1990 e 1991.
Mesmo duas décadas após seu passamento, Ayrton é lembrado
e admirado por ex-rivais, demais pilotos e fãs ao redor do mundo, que lamentam
a tragédia que levou um piloto que poderia ter vivido mais e conquistado
inúmeros recordes dentro da Fórmula 1.
Para lembrar a data, o Momento do Esporte ouviu três
internautas que acompanharam a carreira do tricampeão mundial, que levava ao
delírio brasileiros e demais fãs ao redor do globo, nas madrugadas, manhãs e
tardes de domingo.
Renato
Lima, jornalista (Sócio-Proprietário da Revista Regional)

Quando me levantei no domingo, o acidente já tinha acontecido e um silêncio assustador tomava conta de tudo, tamanha a gravidade dos fatos. O silêncio estava não somente no autódromo, mas também na casa de cada brasileiro, que, como eu, se perguntava: Como pode? Por que o Senna? Como ele foi bater na maldita curva? Foram algumas horas de silêncio desde as primeiras informações , que a TV trazia do hospital (Maggiore) para onde o piloto havia sido levado, até aquele fatídico plantão da Rede Globo.
Faltavam poucos minutos para as 14h, quando o som da vinheta de plantão soou como uma bomba e quebrou o silêncio de horas. Roberto Cabrini em menos de um minuto dava a notícia: “O coração de Ayrton Senna da Silva parou de bater”. Jovem, vencedor, ídolo e herói. Não apenas eu, mas todos os brasileiros o viam assim. Era cedo demais pra morrer. Foram dias de tristeza e comoção. Não havia quem não chorasse em ver as reportagens na TV e a emoção de centenas de milhares nas ruas se despedindo do maior piloto brasileiro, a maioria com bandeiras do Brasil acenando e chorando.
Arrepio e lágrimas foi ver o jogo do meu São Paulo contra o Palmeiras naquela mesma tarde, quando o Morumbi inteirinho, lotado que estava, fez um tempo de silêncio e logo depois gritou por minutos seguidos o nome do campeão. Lindo e inesquecível. A Canção da América de Milton Nascimento era o hino daquele momento e o Brasil em uníssono dizia: “Qualquer dia amigo eu volto pra te encontrar; qualquer dia amigo, a gente vai se encontrar.” A TV transmitia tudo ao vivo.
Pela primeira vez, eu via a partida de um herói e um cortejo que jamais veremos outro igual no Brasil. Algo que nem os diretores de cinema conseguiriam reproduzir. Dois meses depois, a lembrança ainda era viva quando a seleção brasileira conquistava o tetracampeonato na Copa do Mundo nos EUA. O título era em homenagem a Senna. O sonhado tetra na F-1 vinha no futebol. E o Tema da Vitória voltava a tocar na TV num domingo. 1994: um ano para jamais ser esquecido!”
Edemar
Annuseck, radialista e blogueiro (www.edemarannuseck.blogspot.com)

Eu estava
chegando a um restaurante em Araranguá, sul de Santa Catarina para almoçar
quando vi pelas imagens da televisão o que tinha acontecido. Ainda tentei
acompanhar algumas provas do Rubinho e do Massa, mas desisti. Nunca mais (e já
faz uns dois pra três anos), que não
assisto mais e nem escrevo mais sobre a Fórmula 1 em meu blog".
Edilson Rosendo, radialista da Rádio Nova Itu FM

Depois
aqueles momentos de tensão, expectativas. Senna não se mexia, e nós,
paralisados, torcendo para que ele saísse do cockpit ileso, para continuar a
busca por um novo título. Mas horas depois, veio a triste notícia: Ayrton Senna
seria declarado morto. Triste demais assistir ao vivo pela TV a morte de um
brasileiro, que nos deus tantas alegrias. Ver Senna Campeão, era como ver meu
time (Flamengo) Campeão! Um sentimento que não tenho palavras para descrevê-lo,
apenas consigo senti-lo.”
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