EM UM ANO MARCADO POR PROTESTOS PELO FIM DO RACISMO, JOGADORAS FALAM SOBRE O TEMA
Daniel Nápoli
O dia 20 de novembro marca o Dia da Consciência Negra. Em
um ano em que diversos protestos pelo fim do racismo e da igualdade social
ocorreram no mundo, o Momento do Esporte
traz depoimentos de atletas do Ituano Basquete que comentam a respeito da data
e sua importância.
Integrante da Seleção Brasileira Militar de Basquete Feminino, Luana Souza destaca. “É um dia que marca uma luta, reflexão sobre nossa história, onde para muitos esse dia represente apenas um feriado ou não possua a sua devida relevância, para mim devemos entender que o dia da Consciência Negra são todos os dias e possui uma importância imensa. “
A ala acrescenta. “Nossa luta é diária e essa é uma pauta
que deve ser abordada dentro ou fora de quadra, temos que impor a nossa voz e
acreditar, através de iniciativas e atitudes, que todo esse preconceito e
desigualdade irão diminuir até o momento de se extinguir. Eu sou preta, venho
de família preta e sou muito grata a cada espaço que consigo dentro da
sociedade, a cada representatividade que tenho dentro da minha casa, no meu
dia-a-dia e as grandes referências que se posicionam frente a essa causa tão
importante, pois com toda certeza quando evoluímos apesar das adversidades,
inspiramos pessoas, sejam elas crianças, adolescentes, adultos ou idosos e isso
só me fortalece, conscientiza que todo preto tem e merece o seu espaço e o seu
respeito. Dia da Consciência Negra".
Para a armadora Joice Rodrigues, que já teve passagem de destaque para a Seleção Brasileira, é dia de resgate. “Dia de celebrar o resgate diário da nossa identidade, é o símbolo da luta, da resistência e da consciência que o negro não é inferior e ele tem seu valor na sociedade".
A ala Mayara Crystina reforça a importância da data. "Na minha visão, ter uma data no ano que nos representa é de extrema importância para que a sociedade cada vez mais entenda que temos nosso valor e que o preconceito racial é um ato de pessoas que não tem a consciência do que é 'SER humano'. E o que eu tenho a deixar como uma reflexão e um desejo meu é que todos aqueles que tem um certo 'poder' na sociedade dessem mais espaço aos negros(as) nas áreas de conhecimento, culturais e trabalhista".
Atleta mais experiente do Ituano Basquete, Patrícia “Chuca”,
que também teve passagem de destaque na Seleção Brasileira Adulta e segue
defendendo a Seleção Brasileira Militar, reforça a data como um período de
reflexão. “Essa data nos representa, é uma data para nos lembrar e fazer
refletir. Sou preta, de família de pretos, me orgulho disso. Não existe pessoas
superiores ou inferiores motivadas pela cor de sua pele, somos todos
humanos".
Com a colaboração de Nathane Agostini, assessora de imprensa do Ituano Basquete.
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