SELEÇÃO BRASILEIRA CHEGA PELA 7ª VEZ ENTRE AS QUATRO MELHORES, EM OITO EDIÇÕES DE OLIMPÍADAS
Por Daniel Nápoli
Nesta terça-feira (06), a Seleção Brasileira de Vôlei
Feminino garantiu vaga na semifinal dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 ao vencer
a República Dominicana por 3 sets a 0, na Arena Paris Sul.
A equipe do técnico José Roberto Guimarães encontrou
dificuldades, natural de uma fase eliminatória, mas encontrou soluções para se
impor diante das adversárias, vencer a partida em sets diretos, e continuar na
busca pela medalha olímpica. Na semifinal, o Brasil vai encarar Estados Unidos
ou Polônia, equipes que ainda se enfrentam nesta terça-feira.
Contra as dominicanas, as brasileiras enfrentaram velhas
conhecidas. As duas equipes já duelaram diversas vezes neste ciclo olímpico e
várias jogadoras já tiveram a oportunidade de dividir quadra no mesmo clube,
inclusive no Brasil, caso de Carol e as irmãs Martinez, por exemplo
Além disso, quem comanda o banco dominicano é o brasileiro Marcus Kwiek, que já fez parte da comissão técnica brasileira nos anos 2000. Portanto, era quase um desafio de xadrez devido ao conhecimento mútuo entre os dois lados.
A seleção entrou em quadra na formação titular dos
últimos jogos com Roberta, Rosamaria, Thaísa, Carol, Gabi, Ana Cristina e Nyeme
(líbero). As primeiras movimentações demonstraram o nervosismo que o jogo
envolvia. As brasileiras, com a responsabilidade do favoritismo por terem
terminado a primeira fase com a melhor campanha, entraram um pouco mais tensas
e cometendo alguns erros de saque.
A parcial, então, foi equilibrada, ponto a ponto, até que
a seleção implementou seu eficiente sistema bloqueio-defesa para finalmente ter
vantagem no placar (18 x 13). Mas as dominicanas não se entregaram, reagiram e
com contra-ataques eficientes encostaram no marcador (19 x 18). Num ace de Ana
Cristina o Brasil voltou a ter um pouco mais de tranquilidade e, com a vantagem
de três pontos, fechou o set em 25 x 22.
O set seguinte começou com o mesmo roteiro do anterior:
Brasil tentando se soltar de vez no jogo e implementar sua superioridade e a
República Dominicana engrossando a disputa a cada bola. As brasileiras tentaram
encontrar alternativas para mudar a dinâmica e voltar a se impor. E ela foi
construída pelo meio de rede, com dois ataques de Thaísa.
A partir daí, Roberta, com tranquilidade, distribuiu as
jogadas e a seleção abriu seis pontos de margem (14 x 8). A distância para as
adversárias foi aumentando a cada defesa e contra-ataque bem sucedido e o
Brasil dominou a parcial para vencer por 25 x 13.
Na última parcial, o jogo ficou mais parelho até a metade
do set, com os dois times trocando pontos e se alternando no placar. Só que o
Brasil, jogando mais solto, novamente tomou as rédeas da partida e empilhou
pontos em sequência. As dominicanas lutaram, mas não conseguiram frear o ímpeto
da seleção, que se impôs em todos os fundamentos. Concentradas, as brasileiras
fecharam o set em 25 x 17 e garantiram a vaga na semifinal ao venceram o jogo
por 3 sets a 0.
É a sétima semifinal que o Brasil alcança em oito edições
de Jogos Olímpicos. De Atlanta-1996 para cá, apenas nos Jogos do Rio 2016, que
a Seleção Brasileira não ficou entre as quatro melhores.
De lá para cá, o Brasil conquistou dois ouros (2008 e
2012), uma prata (2020) e dois bronzes (1996 e 2000), ficando sem medalha em
2004.
Com informações do Comitê Olímpico do Brasil.
Foto: Luiza Moraes/COB
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