PRIMEIRA MULHER BRASILEIRA NA HISTÓRIA A DISPUTAR UMA OLIMPÍADA, NADADORA FOI UM FENÔMENO MUNDIAL E DEIXOU UM LEGADO IMPRESSIONANTE
Se em 2024 o Brasil teve pela primeira vez uma delegação olímpica em que as mulheres estiveram em maior número que os homens – e mais – ganharam mais medalhas, tudo para as representantes femininas começou em 1932, com Maria Lenk.
Ela foi a primeira mulher brasileira a integrar uma delegação e isso aconteceu nos Jogos Olímpicos de Los Angeles em 1932. Nadadora, ela competiu nas provas de 100m costas, 200m peito e 100m livre.
A nadadora foi a única mulher a integrar a delegação brasileira na competição.
Ela ainda participou, em 1936, dos Jogos Olímpicos de Berlim, competindo nas provas de 200m peito.
Maria Lenk foi uma paulistana nascida em 15 de janeiro de 1915 e considerada um fenômeno do esporte para sua época.
Para se ter uma ideia, em 1939 ela quebrou o recorde mundial dos 400m peito com um tempo de 6 minutos e 16 segundos e nos 200m peito, sua marca foi de impressionantes 2 minutos e 56 segundos.
Essa marca nos 200m peito foi tão extraordinária que Maria Lenk, com seus 2 minutos e 56 segundos fez dela uma nadadora mais veloz que qualquer homem na época, pois o recorde masculino era de 2 minutos e 59 segundos.
Em termos olímpicos, ela só não brilhou mais pois os Jogos foram interrompidos nos anos de 1940 e 1944 por conta da Segunda Guerra Mundial, impedindo-a de lutar por uma medalha olímpica, quando estava em seu auge.
Maria Lenk não foi apenas importante para a natação feminina, mas acabou transformando-se em ícone – sem que tivesse noção disso – ao ser a primeira mulher brasileira a integrar uma delegação olímpica.
Sua ousadia, algo muito característico das mulheres, abriu portas para as futuras gerações de atletas femininas, fazendo com que as mulheres brasileiras passassem a ser reconhecidas e respeitadas no esporte.
Maria Lenk morreu em 16 de abril de 2007, aos 92 anos, quando nadava em uma piscina do Flamengo, no Rio de Janeiro.
Teve a felicidade de ser em vida, reconhecida e reverenciada por sua importância pelo legado que foram muito além das conquistas em piscinas do Brasil e do mundo.
Mesmo após sua morte ela foi lembrada. Em 2022 ela foi homenageada como patrona da natação brasileira.
Antes disso, em 2007, três meses após seu falecimento, o Complexo Esportivo Cidade dos Esportes, no Rio de Janeiro recebeu o Parque Aquático Maria Lenk, justa homenagem que eterniza, com toda a justiça, seu nome.
Fotos - Reprodução - Clique nas imagens para ampliar
Nenhum comentário:
Postar um comentário