FUTEBOL-ARTE X FUTEBOL-RESULTADO
Após as eliminações de Barcelona (foto ao lado) e Real Madrid, nesta semana
pela semifinal da Liga dos Campeões da Europa, o mundo volta a discutir sobre o
velho confronto futebol-arte x futebol resultado.
O Barcelona que para muitas, reinventou o futebol, que de
alguns anos para cá, preocupou-se demais em se defender do que atacar, com seu
futebol ofensivo e de alta qualidade, ganhando quase tudo o que disputou nos últimos quatro anos, acabou caindo diante de um pragmático
Chelsea que se ficou 10% do tempo (somando os dois jogo) no ataque, foi muito,
mas que aproveitou melhor as oportunidades que surgiram.
Seu maior rival, o Real Madrid, que conta com uma linha de
ataque de respeito, formada por Cristiano Ronaldo, Higuaín, Benzema, Di Maria e
cia, também sucumbiu. O algoz foi o Bayern de Munique, um time cheio de
tradição, mas que assim como na temporada 2009/2010, quando chegou à grande
final da Liga, jogou um futebol frio e calculista, priorizando não sofrer o
gol, para depois pensar na vitória.

Um exemplo disso é o próprio Barça, que ao lado do
Manchester United na temporada 2010/2011, possuíam um dos mais vistosos estilos
de jogo da Europa e do Mundo, mas acabaram pelo caminho, frente às retrancas de
Bayern de Munique e Inter de Milão (foto acima), que acabou sendo a grande campeã. O clube
italiano foi campeão, mas sempre existe alguém que diz: “Ah, mas o Barcelona e
o Manchester possuíam times melhores...que injustiça!”.
Exemplos das duas escolas futebolísticas não faltam, mas o
grande temor do amante do futebol é que as derrotas sofridas pelos dois
principais clubes espanhóis no torneio continental neste ano, sirvam de
inspiração para os demais times do planeta e que os mesmos passam a atuar
completamente fechados esperando que uma oportunidade de gol “caia do céu”.
Isso ocorreu com muitos times até o Barcelona revolucionar o
futebol nos últimos quatro anos e podemos dizer que o marco para o
futebol-resultado reinar por anos sobre o futebo-arte foi a derrota da
fantástica seleção brasileira (foto ao lado) comandada por Telê Santana, com nomes como Oscar,
Júnior, Leandro, Falcão, Toninho Cerezo, Zico, Sócrates e cia, frente a Itália, que contava com ótimos nomes como
Zoff, Scirea, Conti e Paolo Rossi, mas que jogava defensivamente e chegara até
aquele fatídico jogo aos “trancos e barrancos”.
E agora, o futebol voltará ao período em que é melhor se defender e tentar o gol uma vez aqui outra ali ou passarrá a se buscar o gol constantemente mesmo correndo riscos? Pelo menos até a última terça-feira todos queriam ser como o Barcelona...
E agora, o futebol voltará ao período em que é melhor se defender e tentar o gol uma vez aqui outra ali ou passarrá a se buscar o gol constantemente mesmo correndo riscos? Pelo menos até a última terça-feira todos queriam ser como o Barcelona...
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