BOM SENSO FC USA INTELIGÊNCIA CONTRA TRUCULÊNCIA
Ameaçados de punição, jogadores driblam árbitro e protestam na cara da CBF
Na noite de quarta-feira, um Novelli Júnior, praticamente
repleto, viu o São Paulo vencer o Flamengo por 2x0, gols marcados por Rogério
Ceni e Ademilson. O jogo, entretanto, ficou marcado por incidentes extra-jogo.
O atuante movimento Bom Senso FC conseguiu com que os
jogadores dos times que entraram em campo para os jogos das 19h30 cruzassem os
braços antes do início das partidas por um minuto, como forma de protesto
contra - entre outras coisas - o calendário da CBF.
O mesmo deveria acontecer em Itu, porém, de forma arbitrária
e impositiva, o árbitro Alício Pena Júnior ameaçou distribuir 22 cartões
amarelos se o jogo não se iniciasse imediatamente.
O que o árbitro mineiro não supunha é que seu ato fosse
rechaçado com inteligência tamanha, que o deixou completamente de mãos atadas.
Assim que foi apitado o início do jogo, atletas do São Paulo e Flamengo ficaram
tocando bola de pé em pé, sem que qualquer equipe buscasse o jogo, apenas a
bola rolou livremente pelo gramado, sem que o árbitro pudesse fazer nada.
Assim, ficou provado que não adianta ameaçar, que
truculência além de não levar a nada, ainda é facilmente envolvida pela
inteligência. Não bastasse isso, quando o jogo efetivamente começou, o sistema
de irrigação do estádio foi acidentalmente ligado e então a partida ficou mais
cinco minutos parada.
E o árbitro deve ter concluído que se tivesse permitido que
os jogadores cruzassem os braços por apenas um minuto antes do jogo, teria sido
menos vexatório.
Destaque positivo, além do reencontro de Rogério Ceni com as
redes em cobrança de penalidade máxima, foi a renda de R$ 170.311,00 para o
público pagante de 15.636 expectadores, um dos maiores públicos do Novelli
Júnior.
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