A
GLÓRIA ALEMÃ E A DECADÊNCIA BRASILEIRA
Por Daniel Nápoli
Após o Brasil sofrer uma nova goleada para a Alemanha (5x1),
dessa vez pelo Mundial Sub-20 Feminino, as comparações são inevitáveis. Embora
nosso país tenha uma história no futebol bastante rica, com um vasto número de
craques, seja no futebol masculino, seja no feminino, atualmente carecemos de
talentos, investimentos e planejamentos.
Após a recente conquista do tetracampeonato mundial com a
seleção principal, os alemães foram ainda campeões do Campeonato Europeu Sub-19
masculino e ainda garantiram classificação às quartas-de-final do Mundial
Sub-20 feminino, após uma sonora goleada sobre as meninas do Brasil.
Além dessas campanhas, no futebol feminino, o país europeu é
o atual tetracampeão continental (seleção principal) e o atual campeão mundial
Sub-20, soma-se isso à seleção masculina principal, que anteriormente ao
tetracampeonato agora em 2014, havia feita campanhas de destaque nos mundiais
anteriores (vice em 2002 e terceiro lugar em 2006 e 2010).
Lembrando que nesse período, a equipe principal feminina da Alemanha, ergueu por duas vezes a Copa do Mundo (2003 e 2007).
Lembrando que nesse período, a equipe principal feminina da Alemanha, ergueu por duas vezes a Copa do Mundo (2003 e 2007).
Os expressivos resultados acima, são frutos de um
planejamento traçado ainda no final da década de 1990, com investimentos nas
mais diversas categorias de base alemã, tanto com os meninos, quanto com as
meninas, fortalecendo a modalidade no país tanto dentro, quanto fora das quatro
linhas. Garimpando e construindo talentos, juntamente com administrações
precisas e principalmente visão a médio-longo prazo.
Situação completamente oposta à do futebol brasileiro, que
há décadas peca pelo imediatismo e por viver do passado, acreditando que com a
mesma metodologia administrativa ou pelo simples fato de termos uma história de
respeito no esporte, brotaram a cada segundo novos Pelés, Romários, Ronaldos ou
Martas, o que estamos vendo que não está ocorrendo. A dificuldade aumenta,
quando vemos que tanto o futebol masculino, quanto o feminino não vem tendo
investimentos, apoio nenhum na base.
Se não pararmos para refletir, que deixamos de ser os
melhores do mundo, o país do futebol e procurarmos investir, para voltarmos a
tal posto, continuaremos a retroceder e novas goleadas e campanhas pífias irão
ocorrer. Com as Olimpíadas de 2016 ocorrendo em nosso país, seria terrível ver
o tão sonhado inédito ouro olímpico escapar das nossas seleções masculina e
feminina, ainda mais se formos novamente goleados. O que não seria nenhuma
surpresa com o estado de nosso atual futebol.
A Alemanha é o exemplo a ser seguido. No futebol atual, não
se ganha apenas com a camisa ou o talento individual. Ganha-se com o talento e
com uma organização coletiva, de fato.
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