Por Daniel Nápoli
Atual
hexacampeã mundial de construtores e de pilotos da Fórmula 1, a Mercedes lançou
no início desta semana, a nova pintura de seus carros para a temporada 2020 da
categoria, que começa neste domingo (5 de julho), com o GP da Áustria.
A
mudança, com a tradicional cor prata dando lugar ao preto, se deu pela campanha antirracista da equipe, após o assassinato do norte-americano George Floyd e as
manifestações do “Black Lives Matter” (Vidas Negras Importam, em inglês).
“O
racismo e a discriminação não têm lugar na nossa sociedade, no nosso esporte ou
na nossa equipe: esta é uma crença central na Mercedes. Mas ter crenças e a
mentalidade certas não são o suficiente se permanecermos em silêncio. Nós
queremos usar nossa voz e nossa plataforma global para defender o respeito e a
igualdade, e por isso a ‘Flecha de Prata’ correrá de preto durante toda a
temporada 2020 para mostrar nosso compromisso com uma maior diversidade dentro
da nossa equipe e do nosso esporte”, destacou
o CEO da Mercedes, Toto Wolf.
Além
da pintura, os carros de Lewis Hamilton (ING) – hexacampeão mundial e primeiro
e único piloto negro da história da Fórmula 1 – e Valtteri Bottas (FIN)
contarão com a frase “End Racism” (Fim do Racismo, em inglês), estampada.
Hamilton
que constantemente brilha também fora das pistas com seu ativismo, se
pronunciou a respeito da decisão de sua equipe. “É muito importante que
aproveitemos esse momento e o utilizemos para nos educar, seja você indivíduo,
marca ou empresa, para fazer mudanças realmente significativas quando se trata
de garantir igualdade e inclusão. Eu, pessoalmente, vivenciei o racismo na
minha vida e vi minha família e amigos vivenciando o racismo, e estou falando
de coração quando apelo por uma mudança”.
O
hexacampeão, ainda teceu agradecimentos a equipe pelo posicionamento e
reforçou. “Queremos construir um legado que vá além do esporte e se pudermos
ser os líderes e começar a construir mais diversidade em nosso próprio negócio,
enviaremos uma mensagem muito forte e daremos aos outros a confiança necessária
para iniciar um diálogo sobre como eles podem implementar as mudanças”
Foto
– Divulgação/Mercedes
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