Por Daniel
Nápoli
No último dia 13 de maio, a Fórmula 1 completou 70 anos
de existência em meio a pandemia do novo coronavírus, que como todos já sabem,
fez com que a temporada 2020 tivesse seu início adiado (com previsão de início
para julho).
Mas os bastidores da categoria máxima do automobilismo
mundial não está vivendo somente de especulações sobre datas de um possível início
de temporada.
Nesta semana, a Ferrari anunciou que o tetracampeão
mundial Sebastian Vettel (ALE) não terá seu contrato renovado com a equipe ao
final do ano. Para seu lugar, foi contratado para assumir o cockpit do time
italiano a partir de 2021, Carlos Sainz Jr. (ESP), que atualmente corre pela
McLaren.
Por sua vez, a McLaren já anunciou o substituto de Sainz Jr.: o piloto da Renault, o australiano Daniel Ricciardo , que em temporadas anteriores
era especulado na Ferrari .
A decisão da Ferrari impactou e muito o mercado de pilotos
e mostra como o “casamento” com Vettel (foto) mostrou-se frustrante para ambos os
lados, mesmo que ao final de 2020, Sebastian venha a conquistar o título.
Após ser tetracampeão pela Red Bull entre 2010 e 2013, Vettel assinou com o time de Maranello com a expectativa de repetir o sucesso conquistado por seu compatriota e ídolo Michael Schumacher e quem sabe até mesmo ultrapassá-lo como o recordista de títulos na Fórmula 1.
Porém, o desejo não se concretizou o relacionamento entre
piloto e escuderia, “azedou”, enquanto que o então campeão mundial Lewis
Hamilton (ING) – de 2014 até o ano passado – conquistou mais cinco campeonatos
pela Mercedes, aumentando a pressão sobre o alemão.
Opções
Ao final de 2020, duas opções aparecem no horizonte de Vettel: uma ida para a Mercedes ou
uma aposentadoria precoce aos 33 anos de idade. Antes, até havia possibilidade
de transferência para a McLaren, mas com a contratação de Ricciardo e a
confirmação de Lando Norris para o ano que vem, essa opção está descartada.
Já uma idade para a Mercedes, creio que dependeria de
Lewis Hamilton (foto). Tanto o inglês quanto seu companheiro de equipe Vallteri Bottas
(FIN), tem contrato até o final de 2020. Em diversas oportunidades, a direção
das “Flechas de Prata” admitiu não renovar com o finlandês, mas será que o
hexacampeão mundial aceitaria dividir espaço com um piloto do calibre de
Vettel? Além disso, até que ponto seria interessante para a equipe?
Acredito que Vettel na Mercedes, somente se Hamilton
decidisse se aposentar ao final do ano. Com isso, parece cada vez mais sólido
que o alemão deverá deixar a Fórmula 1 assim que a temporada for encerrada, uma
vez que dificilmente um piloto acostumado com vitórias e títulos, irá aceitar
uma vaga “do meio para o final do grid”, apenas para estar ali.
Retorno?
Se um tetracampeão tem sua saída especulada, um bicampeão
poderá retornar para a categoria em 2021. O espanhol Fernando Alonso (foto), de acordo
com a grande mídia especializada estaria acertando os detalhes para o que seria
a sua terceira passagem pela Renault, ocupando a vaga deixada por Daniel
Ricciardo.
Ao deixar a Fórmula 1 ao final de 2018, Alonso não
descartou um retorno, desde que tivesse equipamento competitivo. A Renault,
equipe pela qual o espanhol foi campeão em 2005 e 2006, possui um plano de
desenvolvimento para poder brigar pela ponta do grid, a partir de 2022, porém
para que isso ocorra, necessita de um piloto com experiência e talento.
O entrave para um retorno da parceria Alonso/Renault
seria a paciência do espanhol. Após amargar temporadas frustrantes com a
McLaren e ficar 2019 e 2020 de fora, será que aguentaria mais uma temporada sem
resultados expressivos para enfim voltar a uma possível disputa por títulos em
2022?
Aguardemos as “cenas dos próximos capítulos”. Vamos em
frente!
Fotos –
Fórmula 1/Dan Istitene/Getty Images/Divulgação
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