FURACÃO
NA MERCEDES
Por
Daniel Nápoli

Rosberg que chegara em segundo lugar, foi vítima durante
a largada de um manobra pra lá de polêmica por parte de Lewis, que literalmente
“jogou seu carro” em cima do seu rival para garantir a liderança. Além disso,
após a prova, Hamilton, na sala em que os pilotos aguardam para subir ao pódio,
Hamilton atirou um boné destinado ao segundo colocado, no colo de Nico, em uma
clara tentativa de provocá-lo. A resposta foi imediata, com Rosberg claramente
irritado, jogou o boné de volta em cima do rival, escancarando o clima
insuportável entre ambos.
Amigos desde os tempos de kart, Hamilton e Rosberg viram
a relação se deteriorar, após começaram a dividir a equipe Mercedes. À partir
daí vieram as disputas por vitórias e títulos, além de atitudes controversas,
como no ano passado, quando Nico, ainda líder do mundial, jogou seu carro
contra o de Lewis, no GP da Bélgica, lhe tirando da prova. O fato foi um
divisor de águas para ambos, com a Mercedes punindo o alemão e apoiando o
inglês, que renasceu na temporada faturando o título.
Já em 2015, o equilíbrio que marcara o ano passado não
existiu. Hamilton foi soberano sobre um Rosberg claramente abalado. Quando o
vice-campeão de 2014 parecia voltar a recuperar o ritmo competitivo do ano
passado, Lewis Hamilton tratou de relembrar a guerra psicológica iniciada pelo
próprio Nico.
Com o título de pilotos e construtores já decidido, a
missão da Mercedes é iniciar a preparação para a temporada de 2016 arrumando os
estragos do furacão, como procurou fazer após o GP da Bélgica do ano passado. A
Fórmula 1 já deu inúmeros exemplos de como é difícil para uma equipe controlar
problemas de relacionamento entre seus pilotos. Resta saber se a “Flecha de
Prata” terá a competência que vem ganhando a admiração do Mundo para administrar
mais uma vez tal situação.
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