PARA MUITA GENTE, HOJE, É IMPENSÁVEL ACREDITAR QUE SE PODIA ACOMPANHAR JOGOS DE FUTEBOL SEM A IMAGEM DA TV. MAS ERA ASSIM...
Nos anos 1950, quando a televisão dava seus primeiros passos no Brasil, era praticamente impensável as transmissões externas, principalmente do futebol. E pior: quando os jogos fossem fora do Brasil, nem pensar.
Então o que restava – ou melhor, o que se tinha – era o bom e velho rádio.
Naquele tempo, inclusive, nem havia rádios de pilha. Era tudo ligado na tomada, naqueles rádios de válvula, que precisavam esquentar para o som começar a “aparecer”.
Nos jogos do Brasil, com Garrincha em campo, ninguém tirava seu Amaro de perto do rádio
E foi assim, no velho e bom rádio, que o senhor Amaro Francisco dos Santos, nascido aproximadamente em 1900 e falecido em 1987, acompanhou os jogos do Brasil na Copa da Suécia – inclusive a grande final – que deu o primeiro título mundial ao nosso país.Sem condições de ir a Europa, o pai de Mané Garrincha, que adorava futebol, ficou ligado no velho e bom rádio e ninguém o tirava de perto do aparelho nos dias de jogos do Brasil.
Quando os jogos eram no Rio, o pai de Mané sempre procurava estar presente
Não é possível se saber qual a emissora que seu Amaro ouvia, mas sabe-se que as emissoras cariocas que cobriram a Copa de 1958 foram Rádio Nacional, que naquela época era uma das mais importantes do Brasil. Será que seu Amaro estava ouvindo Jorge Cury ou Oswaldo Moreira?Tinha também a Rádio Continental, com narração de Clóvis Filho e a Rádio Tupi, com Oduvaldo Cozzi.
Nenhum comentário:
Postar um comentário