É A PRIMEIRA MEDALHA DO BRASIL POR EQUIPES NO FEMININO
Por Daniel Nápoli
Histórico! Nesta terça-feira (30), a ginástica artística
do Brasil alcançou um grande feito. Pela primeira vez na história dos Jogos
Olímpicos, a ginástica artística feminina conquistou uma medalha por equipes.
As ginastas Rebeca Andrade, Flavia Saraiva, Jade Barbosa,
Lorrane Oliveira e Julia Soares escreveram seus nomes na história olímpica do
país ao faturar a medalha de bronze com nota 164.497. A medalha de ouro ficou
com os Estados Unidos (171.296) e a prata com a Itália (165.494).
O bronze foi conquistado com muita dose de emoção. Logo
no aquecimento, um susto. Flávia Saraiva sofreu uma queda e bateu com o rosto
na barra, abrindo o supercílio. Apesar de sair andando normalmente, deixou a
arena para receber um curativo da médica do COB, Lara Ramalho.
Lorrane foi a primeira a se apresentar e quebrou o gelo, tendo apenas um leve desequilíbrio na aterrissagem. Recebeu nota 13.000. Na sequência, muita expectativa sobre Flavinha devido ao incidente no aquecimento. Ela não decepcionou. Foi precisa nos movimentos e levou 13.666 dos jurados. No único aparelho em que não foi finalista, Rebeca Andrade não cometeu falhas e recebeu 14.533. Com 41.199, a equipe terminou a rotação em quinto na classificação, atrás de Estados Unidos, China, Itália e Canadá.
Na sequência, a trave. Primeira a competir, Julia Soares
infelizmente sofreu uma queda e foi penalizada, ficando com 12.400. Flavinha
foi a segunda a executar a série e teve um desequilíbrio leve, sem maior
comprometimento, e recebeu 13.433. O Brasil ainda protocolou um protesto pela
nota de dificuldade, mas não foi atendido. Rebeca novamente fechou a sequência.
Teve um desequilíbrio no meio da série, mas se recuperou e cravou a saída. Os
14.133 que recebeu levaram o Brasil a 81.165 no somatório, a sexta soma no
geral.
No solo o jogo começou a virar. Com um misto de Raça
Negra e Edith Piaf, Julia Soares esbanjou carisma e levou 13.233. Flavinha, ao
som de um clássico Cancã, levantou o público e somou mais 13.533. Rebeca
Andrade novamente encerrou a passagem do Brasil. Apesar de alguns
desequilíbrios nas aterrissagens, Rebeca recebeu 14.200 e nos recolocou no
páreo com 122.132, apenas 0.001 atrás da China.
No salto, nosso melhor aparelho, a obrigação para ir ao pódio era tirar pouco mais de dois pontos de diferença de Grã-Bretanha e Canadá. Jade abriu a série, mas infelizmente pisou fora da nota de aterrissagem e foi penalizada: 13.366. Flavinha também teve um leve desequilíbrio e um passo na chegada e recebeu13.900. Rebeca executou um Cheng e fechou a apresentação do Brasil com 15.100 e 164.497. Era preciso esperar os adversários.
A tensão era gigante diante da expectativa. O Canadá
ficou pelo caminho, mas a Grã-Bretanha ainda tinha duas apresentações na trave.
Nem o maior esforço das britânicas foi suficiente para apagar o nosso brilho. A
festa do Brasil e a medalha inédita estavam garantidas.
Com informações do Comitê Olímpico do Brasil.
Foto: Miriam
Jeske/COB
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