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PARMA BASKETBALL: A REALIZAÇÃO DE UM SONHO

EQUIPE AMADORA DE BASQUETE NASCEU DA INICIATIVA DE UM AMANTE DO ESPORTE

 


Por Daniel Nápoli

Um sonho de um amante do basquete que tornou-se realidade. Assim é a história do  Parma Basketball, equipe amadora da cidade de Itu, fundado por Luciano Luz.

A casa da equipe é o Centro de Lazer Franco Montoro, situado no Jardim Padre Bento. “Em 1989, depois que fundei o local do basquete, porque não existia o basquete lá. Eu jogava na Associação e eu podia treinar lá só três vezes por semana, então eu arrumei a quadra, pintei o aro e depois furei a tabela”, comenta Luz que é artista plástico.

“Acabei fazendo na época o primeiro aro retrátil talvez do Estado de São Paulo. Daí todo mundo começou a querer descer lá, grandes amigos ia fazer os ‘rachões’ a noite. Fábio Freitas, supercampeão na região, que é do Rio de Janeiro, ia também”, recorda Luciano.

O pioneiro acrescenta. “E eu comecei o basquete já em alto nível, porque eu trouxe todo mundo que já jogava na Associação [Atlética Ituana],  que defendia o infantil e o juvenil e os profissionais adultos. Eu jogava no juvenil e no adulto, eu era amigo de todo mundo ali”.

Um lugar que não contava com um espaço para a prática do basquete, passou a ser referência, após a iniciativa de Luciano. “Pintei a quadra sozinho, o garrafão, fiz o desenho do Chigago Bulls [time hexacampeão da NBA] que eu era fã e ainda nem era campeão e eu já torcia. Do outro lado coloquei o desenho do [Los Angeles] Lakers [17 vezes campeão da NBA] e do Boston Celtics [17 vezes campeão da NBA] e  coloquei uma redinha de corrente no aro, que eu mesmo teci”.

“Ficou parecendo o Brooklyn, em Nova York. Todo mundo ia lá, aquela coisa de alambrado, quadra de periferia. Aquilo mexeu com todo mundo e vinha gente da região toda brincar”, recorda com carinho.

Após a idealização “sair do papel”, veio a década de 1990, que ficou marcada em Itu, como uma fase de grande mudança falando-se em basquete, que até então de acordo com Luciano, “era coisa de elite, de gente rica, como o tênis. Você tinha que ter clube, e era pago. Eu morava na periferia, tinha que subir a pé para treinar [na Associação Atlética Ituana] e só conseguia treinar três vezes por semana, porque eu consegui passar na peneira, mas era difícil.”

 “Eu fui a primeira pessoa que levou o basquete para a periferia. Muita gente foi influenciada pelo Parma. E eu ensinei muita gente a jogar basquete”, destaca Luz que recorda uma importante passagem. “Com o tempo, além dos homens eu comecei a treinar as meninas que apareciam ali em volta. E o Chileno, grande professor de basquete, um dos maiores da região, tinha um time em Mairiporã, que a Brastemp patrocinada e ele pediu para emprestar as meninas que eu treinava no Parma para ele”. Luciano cedeu as jogadoras e com isso o Parma gerou um time de basquete feminino fora da cidade, que obteve destaque.

“Nos anos 90 eu fazia toda a manutenção do aro, depois comecei a contar com a ajuda de alguns amigos, entre eles o falecido Luisinho (Luis Gonçalves), eles defendiam Itu, a Seleção de Itu, jogos juvenis. Muita gente boa jogando”, comenta Luciano.

Nos anos 2000, uma nova geração apareceu no Parma. “Em 2003, eu já estava com 32 anos e dando uma abandonada no basquete profissional e até no ‘rachão’ comecei a parar um pouco e a trilhar mais o universo das artes plásticas e uma galera começou a tocar ali. E quando batia a saudade eu ia bater uma bolinha lá e começava a encher novamente a quadra”, explica Luciano.

“Uma turma começou a melhorar ali, tomar conta, arrumar a quadra. Hoje eu vou lá para ajudar, dar uma força. Aos 40 anos, resolvi voltar a jogar só para brincar e manter a forma e daí todo mundo começou a pedir para montar um time para disputar amador e foi aí que a gente entrou com o basquete amador”, prossegue luz.

Foi então que o artista plástico criou a logomarca da equipe e começou a montagem da equipe, com jogadores que cresceram na região do Jardim Padre Bento ou que já atuavam em Itu e conheciam a história do Parma.

Sobre o nome da equipe, Luciano explica. “O nome Parma, região onde nasci, no Jardim Padre Bento e depois no bairro Nossa Senhora Aparecida. Os bairros cercam o Centro de Lazer Franco Montoro. Eu vivia ali e o Parma era um riacho que passava onde é o Centro de Lazer, que pertencia a um fazendeiro italiano chamado Sr. Palma, mas todos os caipiras, inclusive eu falavam Parma.”

“Ali era uma referência de trabalho, pois para trabalhar na cerâmica tinha que passar pela pontinha que ficava no Parma, a gente nadava ali, era um lugar muito divertido para quem era criança e quando fizeram o Centro de Lazer, eles canalizaram esse riacho e quis homenagear esse que passava exatamente embaixo da quadra”, explica.

O aniversário do Parma foi dia 23 de março. A data se refere ao dia em que Luciano pisou na quadra do Centro de Lazer Franco Montoro e fez as primeiras intervenções para receber o basquete, no ano de 1989.

No último sábado (26), Luciano reuniu em sua residência, integrantes da equipe, apoiadores e seus familiares, para celebrar os 33 anos do Parma.

A confraternização contou ainda com a presença de Luciano Ribeiro (foto ao lado), vice-prefeito de Itu, presidente do Secom e incentivador do projeto, o qual fez parte, jogando basquete no Centro de Lazer Franco Montoro, na região em que cresceu.

Atualmente, Claudinei Oliveira e Douglas Ricci são os que tomaram a dianteira do Parma, com Luciano Luz dando um suporte. Além deles, integram a equipe do Parma Basketball: Frederico Gazzola,

Thiago Jorge, Heverton de Oliveira Garcia, Camilo Martins, Leopoldo Alfres Júnior, Márcio Zucati, Paulo Anacleto, Clauber Nabas e Juarez da Silva.

 

 

Fotos – Daniel Nápoli/Divulgação

Moura Nápoli

Moura Nápoli

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