MINHA COPA INESQUECÍVEL
Por Daniel Nápoli
Hoje o post “Minha Copa
Inesquecível” traz o jornalista e escritor Rodrigo Stucchi, que nos conta qual
foi o Mundial que lhe marcou.
Boa leitura!
Rodrigo Stucchi, 32, jornalista e escritor
Minha Copa do Mundo inesquecível foi a de 1994, quando o
Brasil sagrou-se tetracampeão mundial. E essa história começou depois que os
“gênios” Parreira e Zagallo foram obrigados a dar o braço a torcer e se curvar
ao talento de Romário, convocado apenas para a última partida das eliminatórias
para a Copa do Mundo nos Estados Unidos. Nessa oportunidade, o Brasil estava
quase fora do Mundial pela primeira vez! Precisando da vitória, os desesperados
técnicos tiveram que convocar o baixinho, que acabou com o jogo. 2 a 0 em cima
do Uruguai e passaporte carimbado, no sufoco.
Para mim, foi aí que começou a trajetória do tetra. Amante
que sou dos grandes espetáculos, esta Copa ter se tornado inesquecível é quase
que uma contradição. Afinal, foi a Copa do “jogo feio”, da marcação, do
“futebol de resultado”. Coisas que não aprovo. Porém, foi a Copa que consagrou
Romário como um dos grandes jogadores de todos os tempos, na minha opinião. Foi
a primeira vez que vi o Brasil ser campeão.
Muito se fala “Daquele Momento” em que visualizamos o título
de determinada equipe. Quando os amantes da bola soltam a frase “esse time tá
com sorte de campeão...” A fase quartas-de-final da Libertadores nos traz três
exemplos: Eu visualizei o Corinthians campeão no ano passado quando o Cássio
defendeu aquele chute do Diego Souza e vi o Atlético-MG ser campeão este ano
depois que São Victor defendeu o pênalti de Riascos, do Tijuana, aos 48 minutos
do 2º tempo, ainda pelas quartas-de-final (mesmo que os guerreiros mineiros
possam não levantar o caneco). Em 1994, não por coincidência também pelas
quartas-de-final, eu vi o Brasil ser tetra depois que o baixinho tirou seu
corpo da trajetória da bomba que o lateral Branco disparou do meio da rua,
cravando o terceiro gol do Brasil contra a Holanda, no jogo mais espetacular e
emocionante daquela Copa: 3 a 2, os cinco marcados no 2º tempo.
Hoje, busco presenciar espetáculos como estes, pois é isso
que fica em nossa memória e que fazem do futebol um esporte tão maravilhoso,
que emociona tanta gente no mundo inteiro. Viva o jogo bonito!
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