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Especial Copa do Mundo

Copa do Mundo de 1938

O BI DA NAZIONALE

Por Daniel Nápoli

A Copa do Mundo de 1938, disputada na França, foi disputada sob um ambiente de muita tensão, já que o Mundo vivia em um conflito que viria dar início à Segunda Guerra Mundial (um ano depois).

Ao todo, 36 países participaram das eliminatórias para o terceiro mundial da FIFA. França (país-sede) e Itália (então campeã do mundo), tinham a classificação à Copa automática, enquanto o resto do planeta definia as outras 14 vagas. Brasil, Alemanha, Suíça, Hungria, Indonésia, Suécia, Áustria, Cuba, Romênia, Bélgica, Polônia, Tchecoslováquia e Holanda foram as demais seleções que conquistaram o direito de participar do Mundial.

Polêmica
Logo em seu início, a Copa de 1938 viveu uma polêmica. Isso porque a Alemanha, de Adolf Hittler, por meio de seu exército nazista, havia anexado a Áustria a seu território, sendo assim, o referido país deixava de ser independente, sendo os jogadores austríacos obrigados a defender a seleção alemã no mundial. Com isso, ocorreu em solo francês o primeiro (e até agora) único W.O da história das Copas, com a Suécia avançando ás quartas-de-final, já que a Áustria não poderia jogar.

Os demais jogos da fase inaugural do Mundial de 1938 foram realizados normalmente (Alemanha x Suíça, Hungria x Indonésia, Cuba x Romênia, França x Bélgica, Itália x Noruega, Brasil x Polônia e Tchecoslováquia x Holanda).


Primeira fase
Os donos da casa, assim como a Tchecoslováquia e a Hungria avançaram sem problemas às quartas-de-final. Para eliminar a Noruega, a então campeã Itália precisou da prorrogação (vitória por 2x1). O Brasil também precisou do tempo extra para avançar em jogo sensacional contra a Polônia (vitória por 6x5), com um show de bola de Leônidas da Silva, que anotou três gols.

Já Suíça e Cuba, só se classificaram após um jogo desempate. Os suíços empataram no primeiro jogo contra a então Alemanha Nazista reforçada por seis jogadores austríacos por 1x1. No segundo e decisivo jogo, os alemães terminaram a primeira etapa vencendo por 2x0, mas no segundo tempo em uma virada sensacional, os suíços anotaram quatro gol derrotando a autodenominada “Grande Alemanha” ainda na primeira fase.

Já a seleção cubana, após um jogo emocionante contra a Romênia (3x3), venceu de virada na segunda partida os romenos (2x1).


Quartas-de-final
Suíça x Hungria, Suécia x Cuba, França x Itália, Brasil x Tchecoslováquia forma os jogos da fase de quartas da Copa.

Depois de dois grandes jogas contra a Alemanha, a Suíça desgastada perdeu para mais descansada e talentoso Hungria por 2x0.

Embora estivesse na fase de quartas-de-final, a Suécia faria contra a surpreendente Cuba, a sua estreia naquele mundial. Nesta partida a empolgada Cuba nada pode fazer e os suecos trataram de “espantar a zebra” com uma sonora goleada de 8x0.

O confronto mais aguardado da fase era entre França x Itália. De um lado os anfitriões da Copa e do outro os vencedores do mundial anterior. Com dois gols de Silvio Piola e um de Colaussi, a Azzurra bateu em plena Paris os franceses por 3x1. 

Pela primeira vez disputando a fase de quartas-de-final de uma Copa do Mundo, a seleção brasileira travou um grande duelo contra a Tchecoslováquia. Leônidas abriu o placar para o Brasil, mas no segundo tempo sofreu o empate, levando o confronto para a prorrogação. Como o resultado persistiu no tempo extra, foi necessário o jogo desempate.

Na segunda partida, Leônidas novamente deixou sua marca e com um gol de Roberto, a seleção beteu os tchecos e se garantiu na semifinal.

Semifinal
Hungria x Suécia e Itália x Brasil foram os dois duelos da fase semifinal. Após golear a seleção cubana, os suecos “sentiram na pele” uma derrota elástica. Em mais uma grande exibição, os húngaros se garantiram em sua primeira final de Copa com uma goleada por 5x1.

Em Marselha, sem contar com Leônidas, seu principal nome, devido a uma lesão, o Brasil bem que tentou, mas não foi páreo para a forte Itália, sendo eliminado (2x1). A Itália estava em sua segunda final consecutiva de Copa.


Terceiro lugar
Brasil x Suécia disputaram em Bordeaux, o terceiro lugar do mundial. Os suecos assustaram na primeira etapa abrindo 2x0, mas Romeu no final do primeiro tempo diminuiu a diferença. Leônidas, que havia se recuperado para o confronto, virou o confronto ao marcar dois gols. Perácio, aos 35 minutos, tratou de dar números finais ao jogo e o terceiro lugar para o Brasil.

Final
No dia 19 de junho, o Estádio Olímpico de Paris, recebeu a grande final da Copa do Mundo. De um lado a campeã Itália, que mantivera a base vitorioso do mundial anterior. Do outro a Hungria que chegava à sua primeira decisão de Copa.

Exibindo um bom futebol e contando com sua experiência, os italianos abriram o placar logo aos seis minutos de jogo (com Colaussi) e mesmo sofrendo o empate dois minutos depois, tiveram a tranquilidade para marcar com Piola (aos 16 minutos) e Colaussi (aos 35 minutos) para virar a partida. Já na segunda etapa, aos 25 minutos, os húngaros  tentaram fazer frente diminuindo a diferença com Sárosi, mas a oito minutos do fim, Silvio Piola tratou de acabar com qualquer chance de reação adversária, marcando o gol da vitória, o gol do bicampeonato mundial. A Jules Rimet seguia na “Velha Bota”.




Moura Nápoli

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