Por Daniel Nápoli
Uma carreira vitoriosa no basquete. Assim podemos resumir a trajetória
de Simone Pontello nas quadras. Campeã mundial pelo Brasil em 1994, além de
medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de 1991, a ex-pivô fala ao Momento do
Esporte sobre sua atuação no esporte.
Para a ex-atleta, mais conhecida como Sí, o basquete surgiu em sua vida
ainda na infância, aos 10 anos de idade. “Fazendo Educação Física no colégio
aonde estudava em Americana (cidade Natal), interior de São Paulo. Como a
Educação Física na época dos anos 70, 80, 90 era matéria entre outras
fortes nos colégios, eu aproveitei para aprender e competir por várias
modalidades, mas o que me cativou mesmo foi o basquete e ali comecei a amar
esta modalidade que me deu bastante retorno e fascinação”, comenta.
Clubes


Em Sorocaba, a ex-pivô faturou o Mundial Interclubes (1991), a Taça Brasil
(1987, 1991-1992 e 1992) e o Paulista (1987, 1988, 1989, 1990 e 1991).

Depois de sair do Sorocaba/Leite Moça, Simone vestiu a camisa do Santo
André/LACTA, atuando ali entre 1993 e 1995, conquistando um Campeonato Paulista
(1995). Após, a ex-pivô passou por Bauru (1995-1996), São José do Rio Preto (1996-1997).Em 1997, retornou para Santo André, ficando até 1998.
No mesmo ano, Simone se transferiu para o Ourinhos, equipe em que
permaneceu até 2000, faturando o Campeonato Paulista, partindo para São Caetano
do Sul (2000-2002). Depois, passou por Garulhos (2002-2004) e Piracicaba
(2005-2007), encerrando a carreira vitoriosa.
Seleção Brasileira
Vestindo a camisa do Brasil, Simone conquistou títulos importantes e
disputou grandes competições. Defendendo a Seleção Brasileira Adulta entre 1987
e 1994, a ex-pivô venceu a Copa do Mundo (1994), foi medalha de ouro dos Jogos Pan-Americanos
de Havana (1991) e a Copa América (1989). Além disso, foi prata no Pan de
Indianápolis (1987).
A ex-atleta fala sobre o relacionamento com as companheiras de seleção. “Sempre
fui de grupo, sempre conversando com elas para que tudo saísse bem para nossa
equipe, para nossa Seleção Brasileira. Sempre fomos amigas e sempre convivendo
bem com todas elas no dia a dia, dentro e fora das quadras”.

Em meio a tantas conquistas, Simome relembra a realização do sonho de
disputar os Jogos Olímpicos. “Disputar uma Olimpíada é o sonho de todos os
atletas, sem exceção e eu não fugi disto, pois eu participei da primeira
Olimpíada do basquete feminino (do Brasil) que foi disputada em Barcelona-1992.
Foi extraordinário mesmo a equipe não tendo ido bem em quadra, mas sabíamos que
iria ser difícil nossa participação, porque era nossa primeira (Olimpíada) e
estávamos as portas para novas participações que viriam pela frente em outras
Olimpíadas e/ou até hoje. Foi incrível”, recorda.
Ainda recordando a passagem pela seleção, a ex-atleta comenta sobre o
ouro pan-americano. “Foi a partir dali que o grupo se uniu para disputar todos
o os campeonatos que viria a disputar. União e amizade acima de tudo e de
todos. O Mundial da Austrália-1994 foi o campeonato mais importante de todas
nós. Só tenho falar que a emoção foi forte e bate forte até hoje. Abrimos
oportunidades para todas as atletas que
viriam depois, levando o nome do Brasil com muito orgulho para o mundo todo. O
Mundial de 1994 foi espetacular e importante para nossa modalidade ser vista
mundialmente como uma potência”.
Saída das quadras
Após a aposentadoria como
atleta, em 2007, Simone se dedicou a um outro projeto. “Quando parei de jogar
não tive muito tempo de ficar com expectativas e sim a única coisa que eu
queria era fazer uma faculdade. Meu projeto era e é ter uma vida digna e com
muita simplicidade para viver bem e com muita saúde”, comenta a campeã mundial
que é formada em Administração de Empresas e atualmente atua no Sindicato dos
Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo (SIEEESP).
Seleção Brasileira
atual
Questionada sobre a atual fase da Seleção Brasileira Feminina Adulta,
Simone comenta o trabalho do técnico José Neto. “Realmente nossa seleção agora
voltou a passar confiança e estamos vendo que o Neto está fortalecendo o grupo
todo. Ele está dando oportunidade para todas jogarem e ele sabe que isto faz
parte do basquete atual, o grupo está unido e sabe realmente o que almeja,
primeiro classificar e depois disputar as Olimpíadas”.
Depois de defender as cores do Brasil em quadra, Simone fala do lado
torcedora, fora dela. “Eu só tenho que torcer para a nossa seleção classificar
para as Olimpíadas e como torcedora sei que tudo vai ser da melhor forma
possível. O Neto já deu uma outra visão para nossa seleção. Desejo a nossa
seleção toda sorte do mundo e estou na torcida e confiante nesta classificação”.
Encerramento
Ao ser perguntada sobre o que o basquete representa em sua vida, Simone
diz. “Representa minha vinda inteira, corre no sangue e não tenho como fugir
desta modalidade, tudo que vou fazer me lembro do basquete ou pessoas lembram
para mim com a certeza com o que represento para o basquete e ele representa
para mim. É minha vida”.
Antes de concluir, Sí deixa uma mensagem para o fã de basquete. “Continuem
torcendo para o nosos basquete feminino. Nós precisamos de vocês fãs para que
esta modalidade continue dando alegrias não só na Seleção Brasileira e sim em
clubes também. Torçam e confiem em nossas meninas. Beijos e Deus abençoe a
todos”.
Fotos- Arquivo Simone Pontello/
Divulgação-CBB/Gazeta Esportiva
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