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BANDEIRADA PARA BARRICHELLO NA FÓRMULA 1

Por Daniel Nápoli

Com o anúncio do indiano Narain Karthikeyan como piloto da HRT para a tmeporada 2012, as portas da Fórmula 1 para o brasileiro Rubens Barrichello estão fechadas. Com a última vaga disponível agora ocupada, Rubinho não terá o gosto de disputar a sua 20ª temporada na categoria máxima do automobilismo mundial.

Duas vezes vice-campeão mundial e com 11 vitórias na Fórmula 1 no currículo, Barrichello merecia um encerramento de trajetória na categoria mais digno, embora tenha tido a chance de faze-lo.

Desde que estreou na extinta Jordan, no ano de 1993, Rubinho correu 326 GPs, anotando 14 poles positions, 17 voltas mais rápidas e subindo ao pódio em 68 oportunidades. Recordista de participações em Grandes Prêmios e com o maior número de temporadas disputadas na história (19), o brasileiro viveu seu auge na Ferrari, embora tenha vivido ali à sombra de seu companheiro de equipe, o genial Michael Schumacher.

Barrichello poderia ter conquistado muito mais não fossem suas escolhas equivocadas ao longa da carreira. Mesmo não tendo conquistado o tão sonhado título mundial, possui um currículo de respeito, mas não o suficiente para ter sido o herói dominical dos brasileiros.

Boa parte disso se deve justamente ao auge de sua carreira, quando suportou seis temporadas em uma equipe centralizada em Schumacher, sem buscar outras opções na categoria. Além disso, o exigente torcedor brasileiro, acostumado com as vitórias e títulos do bicampeão Emerson Fittipaldi e dos tricampeões Nelson Piquet e Ayrton Senna, acabaram por depositar em Rubens, toda a esperança de dias melhores na categoria. O próprio piloto acabou por se prejudicar ao chamar para si a responsabilidade de continuar a trajetória vitoriosa do Brasil, logo após a morte de Ayrton em 1994. Para o torcedor que comemorou 8 títulos em 20 anos, ver um piloto brasileiro obter em seis anos, 9 vitórias e dois vice-campeonatos, enquanto seu companheiro de equipe faturava 5 mundiais e 65 vitórias não foi fácil e por mais que Barrichello estivesse fazendo relativamente um bom papel, não era o suficiente.

Saindo dos tempos de Ferrari, acabou sofrendo posteriormente com carros pouco competitivos. No final de 2008, quando estava praticamente aposentado da categoria, o brasileiro ressurgiu aos “48 minutos do segundo tempo”, juntamente com o inglês Jenson Button, na Brawn GP.Com o primeiro carro competitivo desde os tempos de Ferrari, parecia que o piloto finalmente poderia conquistar o seu tão sonhado mundial e encerrar sua carreira na Fórmula 1 com chave de ouro. Mas aos 37 anos, Rubinho só venceu duas vezes e foi superado por seu companheiro de equipe, Button, que terminou com o título. Ao final da temporada, seria superado ainda por Sebastian Vettel (ALE), da Red Bull.

Mesmo sem o título, todos pensavam que enfim Barrichello com uma temporada satisfatória, anunciaria sua aposentadoria. Mas sua paixão pela velocidade e sua vontade de vencer falaram mais alto e acabou assinando com a Williams por duas temporadas. Os tempos difíceis voltaram e Rubinho foi obrigado se contentar as posições intermediárias.

Com a equipe em decadência e necessitada de patrocínio, além da relação desgastada, fizeram com que a Williams não renovasse seu contrato.

Tendo condições de ter parado com todas as homenagens possíveis em 2009, após renascer na categoria, Barrichello agora tem uma saída melancólica, sendo “parado” ao invés de parar por vontade própria. Mas apesar dos percalços ao longo de sua carreira, Rubinho tem e deve ser lembrado também por suas importantes conquistas, como sua primeira vitória na carreira, no GP da Alemanha de 2010, quebrando um jejum de 7 anos sem vitória do Brasil na Fórmula 1. Deve ser lembrado também por ser até o momento, o brasileiro mais bem sucedido da categoria desde o trio de ouro (Fittipaldi/Piquet/Senna) e por que não, por sua perseverança.

Sua trajetória na Fórmula 1, pelo menos como piloto, terminou. Mas não será difícil vê-lo atuando em outra categoria em breve. Aliás, Barrichello já realiza testes pela equipe KV Racing, para um possível ingresso na Fórmula Indy.

Moura Nápoli

Moura Nápoli

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