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NINO: A SEGURANÇA DAS ATLETAS DO ITUANO BASQUETE


FISIOTERAPEUTA DO CLUBE FALA SOBRE OS DESAFIOS E TRABALHO DESENVOLVIDO

Por Daniel Nápoli

Formando há 11 anos como fisioterapeuta, Joberson “Nino” Moraes está no Ituano Basquete desde março deste ano. Com experiência na área esportiva, o profissional comenta ao Momento do Esporte sobre a sua trajetória.

“Trabalhei um bom tempo no futebol amador de nossa cidade, tive convites para trabalhar fora, mas achei que ainda era um pouco prematuro sair para fazer esse tipo de trabalho. Dentro da área de esportes você tem uma gama, principalmente no  futebol, que você precisa aprender e entender no tratamento e como lidar com atletas e graças a Deus esse trabalho no amador da cidade me deu embasamento e todo esse período eu fui me adaptando a outros esportes e fui galgando algumas áreas que me dessem preparo para trabalhar com as outras áreas do esporte”.

Sobre o Ituano Basquete, Nino comenta. “Recebi o convite, aceitei, um desafio legal e me apresentei no dia 3 (de março). Aí você começa analisar o que vai ter que fazer, o que você precisa, conhecer cada atleta e aí eu fiz todo esse trabalho, esse preparo de conhecimento das atletas, a rotina delas, como cada uma agia, cada uma se comportava dentro dos treinos e aí entra um monte de coisa. Sou uma pessoa muito centrada, focada a questão de posição,a própria forma da atleta se comportar tanto dentro de quadra, quanto fora. Tanto dentro do treino quanto no jogo”.

O fisioterapeuta explica ainda sobre o olhar do profissional.
“Existem diferenças pra gente olhando o comportamento, principalmente anatômico e aí eu fui vendo isso daí e no dia a dia a gente foi percebendo, preparando o estilo de trabalho. Cada uma tem um jeito, tem um estilo e você vai aprendendo a lidar com cada uma”, diz.

Joberson segue com sua explanação. “Passando aquele período de conhecimento das atletas, que você precisa saber idade, peso, quanto tempo joga basquete, você tem que saber um pouco do histórico de cada atleta, histórico preparatório e lesivo, se já teve alguma cirurgia, lesão mais forte e aí você vai conhecendo. As atletas que tem histórico de lesão, você trabalha de uma forma e é até difícil você falar que nenhuma das atletas não teve uma lesão, até pela sequência de jogos, pelo tipo do esporte, já tiveram algumas lesões, algumas bem problemáticas e outras mais tranquilas e aí você vai montando um trabalho para cada uma”.
Nino comenta as diferenças no trabalho. “Você não pode querer caracterizar uma linha de trabalho. Cada atleta é um tipo de tratamento, é um tipo de trabalho. Cada tratamento é de uma forma.”

Moraes acrescenta. “Queria destacar que você começa com uma preparação física e lógico você sabe que no decorrer entre uma partida e outra, até mesmo nos treinos, por ser um  esporte de contato de alto rendimento vai ter um probleminha mais sério. A preparação física vem de começo, prepara as atletas, dá o suporte e a fisioterapia completa isso”.

O fisioterapeuta relata que sua atuação muitas vezes se dá após as partidas. “Depois de todos os jogos existe um desgaste e esse desgaste parece simples, houve uma pancada e no momento do jogo a atleta não sentiu, mas depois do jogo o corpo te dá o aviso. Uma hora depois do jogo, aparecem as pancadas, as contusões que não estavam evidentes e aí entra a fisioterapia para sanar esse problema e dar condições para que a atleta esteja  no dia seguinte em condições de trabalho e quando não no dia seguinte, fazer uma previsão de quanto tempo você vai ficar com essa atleta até estabelecer o total dela para poder voltar aos treinos”.

O profissional aproveita para enaltecer o trabalho de toda a comissão técnica. “É aí que a gente dá ênfase no trabalho multidisciplinar porque tem o técnico que faz parte tática do time junto com a auxiliar, você tem a psicóloga que trabalha a estrutura mental das atletas para suportar essa carga de trabalho, de treino. E você tem um ponto muito forte que é a preparação física, que dá um suporte, um embasamento para que as atletas venham a corresponder em quadra e a fisioterapia vem para restabelecer não só parte física, mas a psicológica um pouquinho, pois as vezes a atleta está com uma pequena lesão e acha que é maior e você tem que mostrar  o que é a lesão, como será o tratamento para restabelecer esse problema e dar um respaldo”, conclui.

Foto – Daniel Nápoli

Moura Nápoli

Moura Nápoli

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