PROFISSIONAIS DE CLUBES QUE INTEGRAM A LBF PROMOVEM ENCONTRO VIRTUAL PARA TROCA DE EXPERIÊNCIAS E APRESENTAÇÕES DE CONTEÚDOS
Por
Daniel Nápoli
Uma equipe para ser formada, necessariamente deve contar
com atletas e uma comissão técnica e para sua manutenção e sucesso, dentro
dessa comissão, um dos pilares é o fisioterapeuta. Sem esse profissional, lesões
que poderiam ser evitadas ou tratadas de uma outra forma, além de trazer
problema de desempenho para um time, pode até significar o encurtamento de uma
carreira.
Cada clube tem a sua forma de trabalhar, mas e se cada
fisioterapeuta que atuará por sua equipe na Liga de Basquete Feminino da
temporada 2021, ao invés de focar exclusivamente em seu time, passasse a
compartilhar sua experiência, seu conhecimento, com os demais profissionais da
área, em prol do basquete feminino?
Foi com essa ideia, que Maria Rosa dos Santos,
fisioterapeuta do Santo André/APABA, após diversos encontros e trocas de
informações com os demais companheiros de profissão no ano passado, decidiu criar
um grupo de WhatsApp com objetivo de
melhorar a assistência ao basquete feminino e fortalecer o papel do
fisioterapeuta nas equipes.
“Os diálogos serão pautados: no estabelecimento das melhores estratégias de prevenção de
lesões; formação de protocolos de atendimento em quadra; troca de experiências
através de discussão de casos (com a autorização da atleta) e apresentação de conteúdo/técnicas
e abordagens na reabilitação das atletas; palestras de profissionais da área e
outras especialidades”, explica Maria Rosa.
Ao todo, o grupo é integrado por oito fisioterapeutas.
Além de Maria Rosa, estão no mesmo: Adriano Polizelli (Blumenau), Carlos Raul
Seguins Marins (Sampaio Basquete), Diego Simões de Campos (Bax Catanduva), Hugo
Roberto Dias (Sampaio Basquete), Igor Zuchini (Vera Cruz Campinas), Janaina Felix Braga
(Araraquara) e Joberson Nicolas Moraes, o “Nino”, (Ituano Basquete).
O grupo, de acordo com Maria Rosa, promoveu seu primeiro
encontro, de maneira virtual, no dia 14 de janeiro. “Nos apresentamos, falamos
sobre nosso trabalho no clube, apontamos semelhanças/diferenças, discutimos
necessidades e desenhamos os assuntos a serem discutidos/vivenciados no grupo”,
acrescentou a fisioterapeuta.
O Momento do
Esporte conversou com os demais membros do grupo para que os mesmos
comentassem sobre a importância dessa integração. Confira os depoimentos:
Adriano
Polizelli (Blumenau)
“Gostaria de salientar que a formação deste grupo de
fisioterapeutas é sensacional, porque trocar informações, experiências,
conversas, estudo de caso faz todos crescerem como profissionais da
fisioterapia desportiva. Espero que este grupo se mantenha por muitos anos”
Carlos
Raul Seguins Marins (Sampaio Basquete)
“Em relação ao grupo, a Dra. Maria Rosa foi muito feliz
em ter essa ideia, essa iniciativa de aproximar os fisioterapeutas que atuam
diretamente no basquete feminino. O grupo a princípio teve um encontro que
achei muito positivo, com grandes idéias para os próximos encontros.
Acredito que essa
troca de experiências, dados e prática com a ciência é altamente válido para
todos ali continuarem trabalhando de forma segura nos seus clubes. O grupo com certeza é muito rico em
experiência e conhecimentos. Uma galera que já trabalha há muito tempo no
basquete feminino e com toda certeza vão vir coisas boas aí para somar sempre.
No final, depois de toda essa troca de experiência, de
conhecimento, de discussão, será melhorar nossos atendimentos antes, durante e
pós treino e jogo. Manter nossa rotina de atendimento com mais qualidade
possível para deixar nossas atletas
praticando o alto rendimento da melhor forma possível.”
Diego
Simões de Campos (Bax Catanduva)
“A importância desse grupo é trabalhar em prol à saúde
física das atletas, beneficiando todas as equipes da liga. É saber fazer parte
de um todo. Ninguém é nada sozinho. Se quisermos fazer algo grande, importante
e que nos traga orgulho, precisamos fazer em grupo. Alcançar o sucesso com um
esforço coletivo é muito mais prazeroso.”
Hugo
Roberto Dias (Sampaio Basquete)
“Parabenizo a criação do Grupo de Whatsapp dos
Profissionais Fisioterapeutas da LBF (Liga de Basquete Feminino). A iniciativa
nos possibilita trocar experiências de avaliação, prevenção e reabilitação das
Atletas do Basquetebol Feminino Brasileiro".
Igor
Zuchini (Vera Cruz Campinas)
“Primeiro que é uma ideia super bacana, tanto para nós
fisioterapeutas termos uma visibilidade maior dentro do esporte, que hoje em
dia, principalmente dentro do basquete falam muito de técnico e preparador
físico somente e acabam esquecendo da figura do fisioterapeuta que é muito
importante também como todas as outras”.
O grupo vem para somar, a gente tem uma troca diária de
informações, porque o mundo do basquete feminino hoje é pequeno e acaba que
muitas meninas já jogam em quase todos os times, então a gente conhece quase
todas as meninas e a gente tem essa troca de informações, o que uma vez em um
lugar, se ela está lesionada ou não, o que estava sendo feito de tratamento com
ela o que pode dar continuidade e com isso as atletas em boa forma consequentemente
quem ganha são os clubes.
Assim a atleta consegue render mais, ter uma performance
maior. Sempre que posso estou mandando informações, conversando bastante sobre
tratamentos e como deve agir em casos imediatos (de lesões).”
Janaina
Felix Braga (Atua na Secretaria Municipal de Esportes de Araraquara e realiza
atendimento ao SESI Araraquara)
“Esse grupo dará força e visibilidade a nossa profissão,
principalmente a fisioterapia esportiva e a sua atuação no basquete. Além de
dividirmos experiências e aprendizado, nos permitindo um crescimento
profissional.”
Joberson
Nicolas Moraes - “Nino” (Ituano Basquete)
“A gente, como fisioterapeuta, contribui muito para os
sucessos dos times da LBF. Contribui muito para que os times, ao final, levantem a
taça e possam gritar ‘campeão’ e muitas vezes a gente não tem o reconhecimento
da mídia geral. Não que a gente queira ser maior do que as atletas, não que a
gente queira aparecer.
Às vezes se fala pouco do trabalho da fisioterapia, da
preparação física, como se fosse uma coisa absurda e quando tem algo a
criticar, se fala que a fisioterapia não deu conta do trabalho, o preparador
físico não deu conta do trabalho e aí sim a gente aparece, mas a gente quer de uma
forma geral parecer antes. A ideia é essa, a gente conseguir formar um
trabalho, esse grupo para a gente começar a trabalhar de uma forma mais
conjunta.
E tem também o outro ponto, que é uma forma da gente se
entrosar, trocar experiência entre a gente, as principais lesões, o que mais a
gente poder contribuir um com o outro de referência de cada equipe, visando a
preocupação com as atletas, de forma que no final de tudo, a gente ter
alcançado o objetivo da fisioterapia, que é recuperar as lesões, devolver as
atletas o quanto antes em condições de jogar, de fazer aquilo que elas fazem de
melhor, atuando no campo de jogo.
E essa ideia ressurgiu com a Rosa, de a gente conversar
novamente e eu achei muito válido, já partiu de mim também o incentivo. Todo
mundo tem participação efetiva, voz ativa, 100% nas decisões, nas opiniões, do
que a gente quer fazer .
A gente quer de uma certa forma se precaver em tudo, na
forma de cuidar, de tratar de devolver as atletas em tempo hábil e o mais
importante, fazer esse trabalho nosso ser um ponto de referência na questão de
transações entre o clubes, quando uma atleta sai de um clube e vai para outro,
a gente já sabe mais ou menos as condições de cada atleta. É de grande valia,
quem ganha com isso é o esporte, principalmente o basquete feminino, as atletas
que com isso estamos respeitando muito mais e quem ganha com isso também é LBF e todas as pessoas envolvidas”.
Com a colaboração de Maria Rosa dos Santos, fisioterapeuta do Santo André/APABA.
Fotos – Jorge Bevilacqua/Juca Ferreira/Divulgação
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