TÉCNICO
DA SELEÇÃO BRASILEIRA FEMININA DE BASQUETE ANALISA ATUAÇÃO APÓS O PRÉ-OLÍMPICO
MUNDIAL
Por
Daniel Nápoli
Campeão dos Jogos Pan-Americanos de Lima, bronze na
AmeriCup (Copa América) e vaga no Pré-Olímpico Mundial, por meio do
Pré-Olímpico das Américas, no ano passado. Em fevereiro deste ano, a vaga para
os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, não veio, porém deu-se a impressão de que a
Seleção Brasileira Feminina Adulta de Basquete está em um caminho de evolução.
Ao Momento do Esporte, por meio de assessoria de
imprensa, o técnico do Brasil, José Neto fez um balanço de seus sete meses no
comando da seleção. “A avaliação do trabalho é muito positiva. Lembrando que
este trabalho diretamente com as atletas teve início no dia 16 de julho, com a
etapa de treinamento visando os Jogos Pan-Americanos. Foi um pouco menos de
sete meses até a última partida do Pré-Olímpico Mundial, no dia 9 de fevereiro”.
Ao falar de forma positiva sobre o trabalho, Neto
analisa. “Conseguimos formar uma equipe que joga de uma maneira coletiva, com
conceitos bem definidos e organizada taticamente. As jogadoras sabendo
exatamente suas funções e executando com comprometimento em prol da equipe. Além
disso, conseguimos ter uma equipe multidisciplinar (preparação física, médicos
e fisioterapeutas), muito bem alinhada e comprometida com os propósitos do
trabalho. Isso ficou visível na melhora a qualidade física das jogadoras”.
O treinador prossegue. “A comissão técnica (assistentes e
preparador físico) teve um papel importantíssimo em oferecer todo o
planejamento e respaldo para que as atletas pudessem dar o seu melhor.
Administrativamente, os profissionais puderam
dar todo o suporte necessário para sermos competitivos e brigarmos com condições de atingir nossos
objetivos”.
Falando nos resultados, nos números em si, Neto destaca. “Quando
falamos em avaliar os resultados, podemos dizer que ficamos muito próximos de
ter 100% de atingir os objetivos. Resumidamente, números mostram que em 17 jogos (oficiais, sem
contar amistoso com a Sérvia), tivemos 11 vitórias e 6 derrotas, sendo estas
derrotas para EUA (duas vezes), Canadá, França e Austrália, que hoje estão em
posições acima do Brasil no ranking mundial, e uma derrota para Porto Rico na
prorrogação, que tirou nossa possibilidade de ter classificado para os Jogos
Olímpicos de Tóquio".
O treinador reforça. “Temos um resumo de 75 pontos de média
a favor e 65 pontos contra, levando em consideração estas derrotas pra grande
potências da modalidade, como EUA, Canadá, França e Austrália. Estes números,
os resultados e principalmente a fora que estávamos jogando, seriam impensáveis
há sete meses, o que elevou nossa expectativa para conseguir a vaga olímpica,
mesmo tendo deixado muito claro que este não seria um objetivo imediato para a
Seleção Brasileira Feminina Adulta. Enfim, não tenho dúvidas que o trabalho dá ao Brasil todo o
respeito que esta modalidade merece dentro do cenário mundial do basquete
feminino”.
Sobre uma continuidade no trabalho junto à Seleção
Brasileira, José Neto comenta. “Eu aceito o convite da CBB (Confederação
Brasileira de Basketball) com o propósito de ajudar o basquete feminino a
conquistar não apenas títulos, mas a apresentar-se de uma forma digna e ter o
respeito, já que esta modalidade tem uma história que merece ser honrada. Para
isso, precisam ser realizados outros trabalhos além das etapas de treinamento e
competições com a Seleção Adulta. Isso é muito pouco e de curto prazo. A
proposta de trabalho foi para que isso acontecesse a médio-longo prazo, não
apenas por sete meses para tentar uma classificação olímpica, porque acredito
que as mudanças significativas não são consolidadas se a mentalidade e
metodologia proposta, não forem disseminadas para a formação de atletas e de
técnicos no país”.
O comandante, conclui. “Sabemos o caminho e não tenho
dúvida alguma que se o trabalho tiver condições de ser implementado, teremos
resultados significativos para os próximos ciclos”.
Com a colaboração do jornalista Thierry Gozzer, assessor
de imprensa da Confederação Brasileira de Basketball.
Fotos- Alexandre
Loureiro-COB/Divulgação-CBB/Divulgação-FIBA
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