Por
Daniel Nápoli
Os amantes do basquete no Brasil esperavam sim a
classificação da Seleção Brasileira para os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Mas
acredito que não se deva fazer, como é de costume no esporte, procurar culpados
pela não classificação.
É preciso entender, que o Brasil ainda está em reconstrução e encarou adversárias muito fortes como a França e a Austrália, que possuem totais condições de sair de Tóquio com uma medalha.
É preciso entender, que o Brasil ainda está em reconstrução e encarou adversárias muito fortes como a França e a Austrália, que possuem totais condições de sair de Tóquio com uma medalha.
Para que o processo de reconstrução da seleção continue,
acredito ser fundamental que o técnico José Neto e sua competente comissão
técnica permaneçam. Apesar do país ficar de fora das Olimpíadas, o trabalho que
vem sendo realizado em menos de um ano é muito bom. Campeão dos Jogos
Pan-Americanos, bronze na AmeriCup (Copa América) e obteve a classificação para
o Pré-Olímpico Mundial, passando pelo Pré-Olímpico das Américas. Isso não é
pouco.
Além disso, no Pré-Olímpico Mundial, certamente pesaram
as ausências das atletas Clarisa Santos e Nádia Colhado, lesionadas. Talvez o
destino tivesse sido o mesmo, mas o grupo poderia contar com a experiência de
ambas em um momento decisivo.
Outro ponto importante, além da manutenção da comissão
técnica é do grupo de atletas, que em um novo “Ciclo Olímpico” estariam ainda
mais fortes tecnicamente, entrosadas e com a filosofia de trabalho da comissão
técnica “impregnadas”, o que tornará a Seleção Brasileira ainda mais forte,
perigosa.
O que não deve ser feito é desprezar as coisas boas
realizadas desde maio. O técnico José Neto e sua comissão técnica seguem sendo
importantes, assim como cada atleta que atuou no Pré-Olímpico Mundial continua
tendo qualidade. Foi um revés, duro, mas ainda há muita coisa boa para
acontecer e para que isso ocorra, o radicalismo tem que sair e dar lugar para a
inteligência.
Sem comparar qualidade de atletas, lembremos que as hoje
idolatradas Rainha Hortência e Magic Paula ficaram de fora com a seleção das Olimpíadas
de 1980, 1984 e 1988, até conseguir enfim disputá-la em 1992 e quatro anos,
depois ficar com a histórica medalha de prata. Houve paciência e todo um projeto de entrosamento,
amadurecimento. Na primeira derrota, não se jogou tudo fora e sim foi
construída uma história vitoriosa.
Bola pra frente, Brasil!!!
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