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PALMIRA MARÇAL FALA SOBRE MARCAS E EXPECTATIVA PARA A TEMPORADA 2020


ATLETA DO ITUANO BASQUETE COMENTA AINDA SOBRE MOMENTO DA SELEÇÃO BRASILEIRA

Por Daniel Nápoli/Moura Nápoli

Com um currículo invejável, a ala Palmira Marçal, do Ituano Basquete, treina para disputar sua 10ª edição de LBF (Liga de Basquete Feminino), competição que conquistou em três oportunidades (2012/2013,  2014/2015 e 2015/2016 ).

Sempre focada em seus objetivos, a atleta pode alcançar em 2020, duas marcas históricas: os 2 mil pontos na história da LBF, além do milésimo ponto com a camisa do Ituano Basquete.

Ao MOMENTO do ESPORTE, Palmira fala sobre as marcas. “Eu vejo como muito trabalho. Trabalho de superação, como resiliência, força de vontade. Teve um período que quase não participei da LBF no ano passado por conta de uma lesão séria, mas graças a Deus tive bons profissionais que me ajudaram e consegui até me recuperar em quase dois meses. Quando a gente fala de marcas, a gente fala de tudo o que a gente já passou, tanto de tempo que a gente está lutando, jogando, eu vejo como uma premiação".

Ainda sobre as marcas, a ala aproveita para exaltar o trabalho conjunto. “Tenho que exaltar meu time, sem as minhas companheiras não conseguiria chegar a essas marcas. É trabalho em equipe, treinos fora de hora, tentar se reinventar conforme os anos vão passando, porque a idade chega pra todo mundo”, diz.

LBF
Sobre a competição nacional deste ano, Palmira comenta sobre  o elenco atual e a expectativa. “Quanto as mudanças, vieram reforços bons (armadora Alana Gonçalo, a ala/pivô Mari Dias e a pivô Fabi Caetano), agora é questão de treinar, fazer uma preparação intensa para a gente começar a Liga, que será difícil, mas não tem nada impossível. Espero que esse ano a gente possa brigar para ficar pelo menos entre as quatro melhores equipes do Brasil”.

Seleção
Vestindo a camisa do Brasil, Palmira conquistou diversos títulos e participou de importantes competições. Ouro no Campeonato Sul-Americano (2006, 2010 e 2016), prata nos Jogos Pan-Americanos do Rio-2007 e bronze no Pan de Guadalajara-2011, a ala disputou ainda a Copa do Mundo (2010) e as Olimpíadas do Rio-2016.

A atleta recorda o período. “Fui para a seleção muito cedo. Passei por muitos técnicos diferentes. Cada um com um aprendizado diferente, um conceito de treinamento e a gente se adaptava. Seja Bassul [Paulo], Ênio [Vecchi], Barbosa [Antonio Carlos], o Colinas [Carlos] que também tive o prazer de estar”.

Sobre o atual momento da Seleção Brasileira, a ala comenta. “E falando agora, um momento super bom para o Brasil. Voltou aquela gana. Elas estão numa crescente, o modo de jogo evoluiu. A gente tem que enaltecer o momento agora, mas também não podemos deixar de enaltecer o que passou, outros momentos de glória, mas temos que procurar nos reinventar. As meninas estão super empenhadas. Elas tem total capacidade de classificar. Totalmente diferente de 2012, onde era mais difícil e a gente conseguiu. É continuar treinando forte e acreditar no técnico Neto.”

Ao falar em luta por uma vaga em Jogos Olímpicos, Palmira recorda as Olimpíadas do Rio-2016, até o momento, sua última competição vestindo a camisa do Brasil . “Terminamos numa colocação bem ruim pelo tempo de treinamento que tivemos, de quase quatro meses e acabou que não surtiu o efeito que a gente esperava. A gente esperava um lugar melhor e acabou não dando certo. A gente torce para essa geração que está aqui agora, que possa continuar o legado”, espera.

Questionada se ainda possui expectativa em retornar à Seleção Brasileira, Palmira não titubeia. “A gente nunca pode falar que não tem expectativas. A gente deixa a porta aberta, mas depende muito do que a gente faz, do técnico que está lá, do que ele quer, do que já tem ou precisa. Se for convocada eu vou com todo o prazer. Quem, em qualquer idade, não quer ser convocada, vai dizer não para a seleção? É gratificante, é parte de um reconhecimento, independente da idade que eu me encontre ou qualquer outra menina com idade mais avançada até, de 40 anos. A gente faz o nosso trabalho e deixa nas mãos de Deus e de quem estiver olhando”, conclui.

Fotos – Juca Ferreira/Nathane Agostini/Getty Images South America


Moura Nápoli

Moura Nápoli

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