NA VÉSPERA DO DIA DOS PAIS, RELEMBRE PILOTOS DA CATEGORIA QUE TAMBÉM TIVERAM SEUS FILHOS COMPETINDO POR ELA
Por Daniel Nápoli
Neste domingo (09), em que se comemora o Dia dos Paib, o
Momento do Esporte relembra alguns
pilotos que passaram pela Fórmula 1, que anos mais tarde, tiveram a
oportunidade de ter seus filhos disputando provas na categoria máxima do
automobilismo mundial.
Alguns deles, não tiveram o mesmo desempenho, mas outros
até chegaram a superar os números de seus pais.
Graham
e Damon Hill
Bicampeão mundial em 1962 e 1968, Graham Hill competiu na
Fórmula 1, entre 1958 e 1975 (ano de seu falecimento, em um acidente aéreo).
Além dos seus títulos, conquistou na categoria 14 vitórias, 36 pódios e 13
poles positions.
Graham passou por Lotus (1958-1959/1967-1970), BRM
(1960-1966), Brabham (1970-1972), Shadow (1973), Lola (1974) e Hill (1975).
Anos mais tarde, em 1992, Damon, seu filho, estreou na
Fórmula 1, categoria em que permaneceu até 1999, disputando 122 GPs, vencendo 22 provas, obtendo ainda 42
pódios e 20 poles positions, sendo campeão mundial em 1996.
Com o título, tornou-se o primeiro filho de campeão
mundial a também levar a taça, feito somente igualado somente em 2016, por Nico
Rosberg (ALE), filho de Keke (vencedor em 1982).
Na Fórmula 1, Damon passou por Babham (1992), Williams
(1992-1996), Arrows (1997) e Jordan (1998-1999).
Keke
e Nico Rosberg
Entre 1978 e 1986 o finlandês Keke Rosberg atuou na
Fórmula 1, vencendo a temporada de 1982, além de obter cinco vitórias, 17 pódios
e cinco poles positions.
Keke passou pelas
equipes Theodore (1978-1979), Fittipaldi (1980-1981), Williams (1982-1985) e
McLaren (1986).
Foi na mesma Williams, que Keke se consagrou, que o filho
Nico estreou na Fórmula 1, no ano de 2006, permanecendo até o ano de 2009, se
transferindo para a Mercedes.
Na equipe alemã, Nico viveu seu grande período na categoria,
faturando o título de 2016, além de 23 vitórias, 56 pódios e 30 poles
positions. Obteve ainda um pódio pela Williams em 2008 (totalizando 57 na carreira).
Nico que deixou a categoria após a conquista do título
mundial foi ainda vice em 2014 e 2015.
Jack,
Gary e David Brabham
Tricampeão da Fórmula 1 (1959, 1960 e 1966), Jack foi dos
melhores pilotos de todos os tempos da categoria. Venceu 14 corridas, obteve 31
pódios e 13 poles positions em 128 GPs disputados.
Jack passou pelas equipes Cooper (1955/1957-1961),
Maserati (1956) e Brabham (1962-1970), sendo o único até hoje a ser campeão
mundial por sua própria equipe.
Duas décadas depois de deixar de correr na Fórmula 1,
Jack viu seus filhos Gary e David ingressarem na categoria.
Pela Life, Gary participou de apenas dois treinos
classificatórios em 1990 e após não conseguiu se qualificar para nenhuma
corrida, deixou a Fórmula 1.
Já David, disputou 24 GPs, tendo duas passagens pela
categoria. Uma em 1990, correndo pela Brabham (que já não pertencia a seu pai)
e pela Simtek, no ano de 1994. Em ambas as passagens não conseguiu somar nenhum
ponto.
Wilson
e Christian Fittipaldi
Irmão do bicampeão mundial Emerson Fittipaldi, Wilson
Fittipaldi Junior, o Wilsinho, correu na Fórmula 1 nas temporadas de 1972, 1973
e 1974, sendo as duas primeiras pela Brabham e a última pela Fittipaldi.
Em 35 GPs disputados, ver como melhor resultado um quinto
lugar na Alemanha, em 1973.
Nos anos 1990, foi a vez de seu filho Christian se
aventurar na categoria, disputando 40 GPs, passando por Minardi (1992 e 1993) e
Footwork (1994), tendo como melhor resultado, três quartos lugares: um na etapa
da África do Sul, em 1993 e dois no ano seguinte, nos GPs do Pacífico e da
Alemanha.
Mario
e Michael Andretti
Com destaque em diversas categorias, principalmente na
Fórmula 1 e na Fórmula Indy, Mario competiu na principal categoria do
automobilismo mundial entre 1968 e 1972 e posteriormente entre 1974 e 1982,
sendo campeão no ano de 1978.
Passando por Lotus (1968-1969 /1976-1980), March (1970),
Ferrari (1971-1972/1982), Parnelli (1974-1976), Alfa Romeo (1981) e Williams
(1982), disputou 128 GPs, obtendo além do título de 1978, 12 vitórias, 19 pódios
e 18 poles positions.
Em 1993, seu filho Michael ingressou na Fórmula 1, porém
não ficou nem uma temporada completa na categoria, disputando apenas 13 GPs.
Apesar de ter obtido um pódio (GP da Itália), foi substituído pelo finlandês
Mika Hakkinen, não retornando mais, indo brilhar na Fórmula Indy.
Gilles
e Jacques Villeneuve
Pilotando por McLaren (1977) e Ferrari (1977-1982 – até
sua trágica morte nos treinos para o GP da Bélgica), Gilles disputou 67 GPs,
obtendo seis vitórias,13 pontos e duas poles positions, além do vice-campeonato
de 1979.
Até hoje lembrando por seu arrojo e apontando como um
provável campeão, não fosse sua morte prematura, deixou seu legado de
velocidade: Jacques.
O filho de Gilles marcou definitivamente o sobrenome
Villeneuve na categoria ao conquistar o título da temporada 1997, pela
Williams, equipe em que esteve entre 1996 e 1999, tendo passado ainda por BAR
(1999-2003), Renault (2004), Sauber (2005) e BMW (2006).
Jacques obteve além do título, 11 vitórias, 23 pódios e
12 poles positions. Foi ainda vice-campeão em 1996.
Manfred
e Markus Winkelhock
Entre 1982 e 1985, Manfred pilotou (até a sua morte) na
Fórmula 1 , disputando 47 GPs, somando dois pontos(um quinto lugar no GP do
Brasil de 1982), tendo atuado por ATS (1982-1983) e Brabham (1984-1985).
Anos mais tarde, em 2007, seu filho Markus fez uma única
corrida na Fórmula 1. Piloto de testes da Syker disputou o GP da Europa, após a
demissão do titular Christjan Albers, abandonando a prova por um problema no
motor.
Markus não teve tempo para tentar uma trajetória melhor
do que a de seu pai, tendo retornando a função de piloto de testes, rumando
para outras categorias posteriormente.
Nelson
e Nelsinho Piquet
Atuando na Fórmula 1 entre 1978 e 1991, Nelson Piquet foi
o primeiro brasileiro a se sagrar tricampeão mundial (1981, 1983 e 1987),
obtendo ainda 23 vitórias, 60 pódios e 24 poles positions em 204 GPs
disputados.
Nelson correu por
Ensign (1978), McLaren (1978), Brabham (1978-1985), Williams (1986-1987), Lotus
(1988-1989) e Benetton (1990-1991).
Já seu filho, Nelsinho, competiu na principal categoria
do automobilismo mundial, entre 2008 e 2009, longe de seu brilhantismo, apesar
de relativo sucesso nas categorias de base.
Em 28 GPs disputados, Nelsinho teve como melhor resultado
um segundo lugar no GP da Alemanha de 2008. Um ano depois,acabou demitido antes
do final da temporada pela equipe Renault.
Após sua saída, estourou um escândalo em que Nelsinho
confessou ter batido seu carro de maneira proposital no GP de Cingapura de 2008,
para forçar a entrada do safety-car e assim beneficiar seu companheiro de
equipe, o espanhol Fernando Alonso, que acabou vencendo a prova.
O então chefe da equipe Renault, Flávio Briatore, acabou
banido para sempre da Fórmula 1 e Nelsinho, apesar do sucesso em outras
categorias, acabou marcado pelo episódio.
Satoru
e Kazuki Nakajima
Competindo na categoria entre 1987 e 1991, Satoru correu
por Lotus (1987-1989) e Tyrrell (1990-1991), disputando 74 GPs, obtendo 16
pontos na categoria.
Já Kazuki, seu filho, passou pela Fórmula 1 entre 2007 e
2009, sempre pela Williams. Em 36 GPs, obteve apenas nove pontos, indo competir
em outras categorias.
Jan
e Kevin Magnussen
Tendo bons desempenhos em categorias inferiores, Jan
Magnussen estreou na Fórmula 1 em 1995, pela McLaren, substituindo Mika
Hakkinen, que havia se acidentado.
Jan só retornou para a categoria, correndo pela Stewart,
permanecendo até a temporada seguinte. No total, disputou 25 GPs, obtendo
apenas um ponto.
Seu filho Kevin, compete na Fórmula 1 desde 2014, com
passagens por McLaren (2014), Renault (2016) e Haas (desde 2017), tendo como
melhor resultado um segundo lugar no GP da Austrália, logo em sua estreia na
categoria. O que era um início promissor acabou por ser seu único pódio até o
momento, em 105 GPs disputados.
Jos
e Max Verstappen
Com três passagens pela Fórmula 1 (1994-1998, 2000-2001 e
2003), Jos disputou 107 GPs, obtendo dois pódios, atuando por Benetton (1994),
Simtek (1995), Arrows (1996/2000-2001), Tyrrell (1997), Stewart (1998) e Minardi
(2003).
Max, seu filho, com a carreira em andamento, na Fórmula 1
desde 2015, já possui números melhores do que o de seu pai. Em 105 GPs
disputados, possui oito vitórias, 33 pódios e duas poles positions, ficando em
terceiro lugar no mundial de pilotos do ano passado, pela Red Bull.
Fotos – Divulgação/Reuters
Nenhum comentário:
Postar um comentário