DIRETORA DE PROJETO TEM SUA HISTÓRIA DE VIDA LIGADA COM A MODALIDADE
Por Daniel Nápoli
Se a luta pela manutenção e reconhecimento ao basquete feminino é grande e constante nos chamados grandes centros, como São Paulo e Rio de Janeiro, imagina em outras regiões do Brasil? Ser dirigente da modalidade longe da região sudeste ou até mesmo da sul do país, é missão mais do que heróica.
É partindo disso, que o Momento do Esporte traz a trajetória de Renata Silveira Arruda, diretora técnica do Basquete Master Feminino do Pará, projeto realizado em Belém-PA, que atualmente conta com mais de 50 mulheres associadas, entre 28 e 70 anos de idade.
Renata comenta que sua paixão pelo basquete, começou antes mesmo de seu nascimento. “Costumo dizer que comecei esse amor desde a barriga da minha mãe (Regina), porque com certeza já tentava dar uns dribles e arremessos lá dentro (risos). Falo isso porque meu pai (Ewaldo) foi jogador de basquete aqui no meu estado (Pará) chegando a jogar pelo Paysandu. Minha irmã mais velha (Rafaela) também jogou e desde que me lembro sempre teve bolas de Basquete e um aro pendurado na janela ou em algum portão em casa, além de sempre estarmos assistindo o basquete pela televisão.”
A dirigente acrescenta. “aos oito anos, comecei na escolinha de basquete da minha escola com o treinador Wilson Caju (que hoje é treinador de basquete de cadeiras de rodas da Seleção Brasileira Feminina), e desde então nunca mais deixei a bola laranja, rosa, azul e amarela de lado. Uma paixão pra vida toda”.
A APBM surgiu em 1997, enquanto o projeto Basquete Master Feminino se organizou e começou a fazer parte da associação em 2018. Renata conta como surgiu a ideia. “Quando completei 30 anos, que é a idade mínima para participar de campeonatos da categoria Master, vi como uma oportunidade de realmente voltar a treinar e jogar, pois infelizmente o basquete aqui no Pará não existe, principalmente feminino, não temos campeonatos femininos da federação há quase dez anos”, explica.
A diretora explica a dinâmica do projeto. “Funciona com o pagamento de uma taxa mensal de R$30 por associada. Esse valor é totalmente voltado para a compra de material para os treinos (bolas, cones, coletes etc), aluguel de quadras e organização de torneios entre as associadas. Temos professores formados em Educação Física que nos doam um tempo do seu trabalho gratuitamente para o desenvolvimento das atletas e que sem eles estaríamos bem distante do onde estamos hoje. Fica aqui o meu muito obrigada! “
A diretora falou também sobre a situação atual do basquete no Pará. “Infelizmente, o basquete no Pará depende dos amantes dele, tanto no masculino como no feminino. O masculino ainda se vê dois times de base e que disputam campeonatos da federação até a categoria adulto (Paysandu e Remo), mas o feminino nem isso tem. A lacuna que vemos do basquete da escola até o Master, é gigantesca. Hoje somos uma referência para algumas meninas que nos vêem jogando mesmo sendo mães, avós, mulheres casadas e que trabalham. Isso é muito gratificante, poder mostrar para essas garotas que elas podem jogar basquete até quando tiverem vontade é algo impagável. “, exalta.
Para
conhecer ou acompanhar o projeto, basta acessar:
https://www.facebook.com/basquetefemininomaster/.
Fotos -
Divulgação
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