FERNANDO GUEDES ANALISA ATUAL SITUAÇÃO DO CLUBE E RECORDA A HISTÓRIA DE SUA FAMÍLIA COM A LUSA
Por Daniel Nápoli
Paulistano de nascimento e morador da cidade de itu desde
1989, o arquiteto Fernando Guedes de 60 anos, faz parte de uma das mais fiéis
torcidas do futebol brasileiro: a da Portuguesa de Desportos.
A Lusa, depois de um período de crise que culminou em
rebaixamentos no Campeonato Paulista e em competições nacionais, nesta semana,
conquistou a Copa Paulista e no ano que vem, poderá disputar o Brasileiro da
Série D ou a Copa do Brasil.
“A crise eu vi com muito pesar. A partir de 2013 com o
caso Héverton (em que o clube foi rebaixado da Série A para a Série B do Brasileiro, após a escalação irregular do atleta). Rebaixamento após
rebaixamento, com a conquista agora da Copa Paulista a gente vê uma
oportunidade de voltar para o cenário nacional”, comenta Fernando.
Guedes acrescenta. “Nessa administração do (Antônio Carlos) Castanheira (presidente da
Portuguesa), nós percebemos uma mudança radical na mentalidade. A gente percebe
essa mudança, com os atletas das divisões de base, sendo aproveitados na equipe
principal de uma maneira mais ativa. Tem também, campanha sócio-torcedores, uma
série de iniciativas”.
O arquiteto vê com esperança o futuro da Lusa, com a
possibilidade de disputar a quarta divisão do nacional. “Galgar degraus para a
Série C e B e voltar para o lugar que a Portuguesa nunca deveria ter saído que
é a elite do futebol.”
A história de Fernando com a Portuguesa nasceu antes
mesmo dele. “Se inicia com seu avô
(Joaquim Francisco Pereira Guedes). Ele foi um dos pioneiros da Portuguesa, ele
veio para o Brasil (vindo de Portugal) nos anos 1920 e foi uma das pessoas que ajudou a consolidar
o clube (foi sócio número 31)”, recorda.
“Desde pequenos (Fernando e suas irmãs) desenvolvemos
essa paixão pelo clube por meu avô ter sido um associado antigo. Então desde
pequeno eu ia ao Canindé, assistir aos jogos, mas quando passei a ter 14 anos
que comecei a acompanhar mais efetivamente.
“Meu avô sempre gostou muito de futebol, antes de vir para
o Brasil ele chegou jogou futebol amador, no Leixões. No Brasil também jogou
futebol amador em São Paulo”, segue recordando Fernando que durante a
juventude, participou de torcida uniformizada do clube.
Seu avô faleceu no ano de 1983. Quase 40 anos depois, há
o legado. De acordo com Fernando, sempre que é possível, vai ao Canindé,
juntamente com seus filhos e suas irmãs, torcer pela Lusa.
“A paixão permanece até hoje”, afirma Fernando que a
respeito da expectativa para o futuro do clube, conclui. “Penso que é um caminho
que difícil, mas agora a situação é diferente. Dificilmente se repetirá o
pesadelo (dos últimos anos).
Com a colaboração de Eduardo Alves da Silva.
Foto – Arquivo pessoal
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