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NO VÔLEI FEMININO, BRASIL PERDE PARA OS ESTADOS UNIDOS E É PRATA NOS JOGOS DE TÓQUIO-2020

PARTIDA MARCOU A DESPEDIDA DE DOIS GRANDES NOMES DA SELEÇÃO BRASILEIRA: FERNANDA GARAY E CAMILA BRAIT

 


Por Daniel Nápoli

O sonho do terceiro ouro foi adiado. Neste domingo (8), o Brasil ficou com a medalha de prata, no vôlei feminino, ao perder para os Estados Unidos por 3 sets a 0.

As norte-americanas impuseram seu favoritismo logo no início. A Seleção Brasileira teve dificuldades de encaixar seu jogo, com os Estados Unidos fechando o primeiro set em 25 x 21.

No segundo set, o Brasil parecia ter se encontrado, com Gabi Guimarães bastante inspirada. Porém, com um ótimo bloqueio e um ataque certeiro, as norte-americanas fecharam em 25 x 20.

No último set, a Seleção Brasileira até apresentou uma melhora no início, porém com dificuldades na recepção e para passar pelo bloqueio, o Brasil viu as norte-americanas fecharem em 25 x 14 e conquistarem pela primeira vez o ouro olímpico no vôlei feminino.

Até então, os Estados Unidos tinham “batido na trave”, com a prata em Los Angeles-1984, Pequim-2008 e Londres-2012 e o bronze nos Jogos de Barcelona-1992 e Rio-2016.

Já o Brasil ficou pela primeira vez com a medalha de prata, depois do ouro em Pequim-2008 e Londres-2012 e o bronze nos Jogos de Atlanta-1996 e Sydney-2000.

A partida entre Brasil x Estados Unidos, marcou a despedida de dois grandes nomes da Seleção Brasileira: Fernanda Garay e Camila Brait.

Aos 35 anos de idade, Garay dará um tempo na carreira em clubes, para realizar o sonho de ser mãe, porém já havia dito antes dos Jogos Olímpicos que a competição seria a última com a camisa da seleção.

Já Brait, de 32 anos, disse que tinha o sonho de disputar uma edição de Jogos Olímpicos e agora com uma medalha e o objetivo atingido, tem outros planos para a sua carreira.

Além da prata em Tóquio, Fernanda Garay conquistou o ouro nos Jogos de Londres-2012,  é tricampeã do Grand Prix (2013, 2014 e 2016), campeã da Copa dos Campeões (2013) e campeã dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara-2011.

Já Camila Brait, além da prata em Tóquio, é tetracampeã do Grand Prix (2009, 2013, 2014 e 2016) e campeã da Copa dos Campeões (2013).

E o Brasil vai vendo um ciclo vitorioso se encerrar, já que recentemente as bicampeãs olímpicas Sheilla e Thaisa e Dani Lins (ouro em Londres-2012), também anunciaram a aposentadoria da Seleção Brasileira.

Thaisa já havia anunciado antes da disputa da Liga das Nações, enquanto Sheilla e Dani, que disputaram a Liga das Nações, fizeram o anúncio logo após o corte para os Jogos de Tóquio-2020.

Que um novo ciclo vitorioso possa ser iniciado. Talento para isso, o Brasil tem, assim como um técnico competente. Gabi Guimarães e Rosamaria, só provaram em Tóquio o que todos já sabiam: são excelentes jogadoras, assim como Macris e Roberta.

Já veterana na seleção, Natália deverá seguir por mais um ciclo e livre de lesão, seguirá brilhando certamente. Falando em veterana, aos 40 anos de idade, Carol Gattaz arrebentou nos Jogos de Tóquio e provou que a cada dia está ainda melhor em quadra. Com um ciclo olímpico mais curto até Paris-2024, quem sabe ela possa ser uma das lideranças necessárias para a “nova geração”...

 

Foto – Pilar Olivares/Reuters

Moura Nápoli

Moura Nápoli

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