DEPOIS DE BRILHAR NAS PARALIMPÍDAS DO RIO-2016, BRASILEIRA TRIUNFOU TAMBÉM EM TÓQUIO-2020
Por
Daniel Nápoli
Na noite da última quinta-feira, no Brasil, manhã de sexta-feira (27), no Japão, a brasileira Silvânia Costa conquistou o bicampeonato paralímpico no salto em distância T11, para cegos.
Nos Jogos Paralímpicos do Rio-2016, Silvânia não sabia, mas
estava grávida de três meses quando ganhou o ouro Em 2019, foi punida por
doping e passou os últimos dois anos longe de competições. No meio do caminho,
ainda teve a pandemia. Somente nos últimos cinco meses ela pôde retomar o ritmo
de treinamento normal. Em entrevista à SporTV após a medalha, a atleta lembrou
cada percalço enfrentado.
“Mesmo antes do final da prova eu já estava comemorando o quinto salto. Nosso trabalho foi realizado com sucesso. Não foi uma prova fácil. Eu entrei e tive que ir pra cima, com muita garra ali no último salto. Eu sabia quanto eu tinha batalhado, lutado, tudo o que passei para chegar aqui. Os últimos cinco meses foram muito doloridos. Eu ralei muito para chegar até aqui. Essa medalha vem com sabor de muita garra e superação - disse ela, explicando: - Esse ciclo, pra mim... Eu tive duas interrupções, uma foi a nascimento do meu filho e a outra foi minha suspensão. Dei a volta por cima de tudo”, destacou.
A atleta fez questão de enaltecer ao seu treinador, Everaldo Braz, e contou que antes de entrar no estádio olímpico, disse a ele: "A sua voz é o meu salto".
É a voz do técnico, afinal, que o atleta cego escuta na
contagem das passadas para o salto correto. Ele vai enumerando e dando o ritmo,
para que o atleta não queime e possa realizar o seu melhor.
Foto – Wander Roberto/CPB
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