ADVOGADO ESPECIALISTA EM DIREITO DO CONSUMIDOR COMENTA QUE DEVOLUÇÃO DOS VALORES É QUESTÃO DE ORDEM
Com
a recente resolução anunciada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), por
conta da pandemia de coronavírus, apenas os moradores locais poderão assistir
in loco às competições dos Jogos Olímpicos de Tóquio – 2020 (previsto para
ocorrer entre 23 de julho e 8 de agosto).
Muitos
estrangeiros que adquiriram ingressos antecipadamente sentiram uma enorme
tristeza, visto que se trata de um dos eventos internacionais que mais atraem
torcedores, pois conta com o que há de melhor, ou seja, a elite do esporte
mundial.
Para
os brasileiros que adquiriram ingressos, o advogado Sergio Tannuri,
especialista em Direito do Consumidor, afirma que a devolução dos valores é uma
questão de ordem. “Foi uma decisão unilateral do governo do Japão e o turista
consumidor não tem culpa. Para quem estava com pacotes e ingressos comprados
para as Olimpíadas, pode pedir o seu dinheiro de volta, uma vez que não terá
como estar presente na realização do evento”, comentou.
“Quanto ao ingresso, o Comitê Olímpico já anunciou que vai devolver o dinheiro dos cerca de 600 mil ingressos comprados no exterior. A questão preocupante é em relação às passagens aéreas e hospedagens, uma vez que eventuais cancelamentos terão que ser negociados, uma vez que os fornecedores dão a opção de remarcação ou reagendamento de data para a prestação dos serviços”, ressaltaTannuri.
Os Jogos Olímpicos de Tóquio deveriam ter ocorrido em 2020, mas pelo caos mundial instaurado pela pandemia de coronavírus, pela primeira vez na história uma edição olímpica foi adiada, visando salvaguardar a integridade de todos os envolvidos com esta competição. Como o mundo está sendo afetado por uma nova variante da Covid-19, o Comitê Olímpico Internacional (COI), que chegou a pensar num novo adiamento e até cancelamento, optou por vetar a presença de torcedores estrangeiros e realizar a competição.
“As
agências e operadoras de viagens, assim como as companhias aéreas, também foram
afetadas. Por isso, recomendamos que o consumidor busque uma solução amigável
com os fornecedores. É hora de conciliação, pois todos vão sofrer com os
efeitos dessa proibição da entrada de turistas estrangeiros no Japão”,
finalizou Sérgio Tannuri.
Com
informações do jornalista Frederico Batalha.
Foto
- Divulgação
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