APÓS ORGANIZAÇÃO DA PROVA ENCONTRAR IRREGULARIDADES, BRASILEIRO ACABOU COM O BRONZE
Por Daniel Nápoli
Na última sexta-feira (3), Thiago Paulino havia conquistado a medalha de ouro no arremesso de peso F57, nos Jogos Paralímpicos de Tóquio-2020, com direito a quebra de recorde paralímpico.
Porém, horas depois, veio a reviravolta. Após revisar, a organização da prova apontou uma irregularidade nos arremessos do brasileiro, incluindo o que lhe rendeu o primeiro lugar. O melhor arremesso válido, acabou sendo o de 14,77m o que o fez cair para terceiro, ficando com a medalha de bronze. A decisão fez ainda com que o brasileiro Marco Aurélio Borges, então bronze, perdesse sua medalha.
“Ainda tento entender o que aconteceu. Estou digerindo tudo isso, não está sendo fácil. Fiz um ciclo longo, praticamente perfeito, ganhando todas as competições, quebrando recordes mundiais, cheguei confiante. Sabia que poderia alcançar o ouro, e a gente alcançou o ouro” comentou Paulino ao SporTV.
“Estava indo para a premiação achando que eu ia ouvir o hino mais uma vez, que eu ia pegar minha medalha de ouro, e descobri que eu era bronze. Eu fiz sim meu protesto no pódio, não me arrependo. Eu em me senti prejudicado, injustiçado, foi o modo que eu demonstrei que não aceitaria aquela medalha, porque eu sabia que eu tinha sido medalha de ouro e essa medalha foi retirada de mim de uma forma muito cruel”, acrescentou cabisbaixo.
O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) também protestou contra a decisão da organização, buscando uma revisão da prova, mas o pedido de contestação não foi aceito.
“Estou
muito chateado, muito magoado, mas eu não posso deixar de agradecer o apoio que
venho recebendo de todos vocês. Muito obrigado de coração. Foi uma pancada
muito dura que eu tomei. A parte financeira também ia ser bacana, tenho minha
esposa, meus filhos. Vou tentar sacudir a poeira, dar a volta por cima e voltar
ainda mais forte”, concluiu Thiago.
Foto
– Naomi Baker/Getty Images
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